A presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), Zaida Freitas, mostrou-se hoje satisfeita com a articulação existente entre a unidade do ICCA e os diversos parceiros na ilha de São Nicolau.
Em declarações à imprensa, para fazer o balanço da sua visita à ilha, Zaida Freitas reconheceu que apesar da equipa na ilha ser reduzida, tem tido “capacidade de intervenção”, graças à sua grande articulação com os diversos parceiros.
Segunda a responsável, nos dois municípios da ilha encontrou “preocupações muito semelhantes” e voltou a realçar a necessidade reativar o Comitê Municipal de Proteção das Crianças para que possa actuar de forma mais efectiva na criação de planos operacionais municipais que respondam às necessidades locais.
Uma das preocupações tem a ver com o abandono escolar precoce, a gravidez precoce e a necessidade de alternativas para crianças e adolescentes, especialmente em comunidades pesqueiras onde a pesca se apresenta como uma das poucas opções de futuro.
A mesma fonte ressaltou a urgência de se pensar em alternativas, como a oferta de formação técnica e o incentivo à permanência na escola, com estratégias que valorizem a importância do estudo e da construção de um projecto de vida.
Zaida Fresta destacou ainda que durante o ano de 2024 foram registrados oito casos de abusos sexuais de menores, um número que segundo avançou pode parecer reduzido, mas é motivo de preocupação, pois “nem que seja apenas um caso é preocupante”.
A presidente do ICCA disse ainda sair de São Nicolau consciente da necessidade de reforçar a ilha com mais meios humanos e começar a pensar em dotar a ilha de uma delegação.
A Semana com Inforpress
Terms & Conditions
Report
My comments