O ministro do Mar, Jorge Santos, assegurou esta terça-feira que não há nenhuma espécie de tubarão em risco de extinção nos mares de Cabo Verde ou no Atlântico, classificando esta informação de uma “inverdade científica”.
Jorge Santos, que falava em conferência de imprensa, reagia ao estudo desenvolvido por Investigadores cabo-verdianos e portugueses, publicado na revista Frontiers in Marine Science , que indica que Cabo Verde é o arquipélago da Macaronésia onde os tubarões enfrentam uma crescente ameaça e que 66% das espécies estão em perigo iminente de extinção.
“Isto é infundado, não tem qualquer fundamentação científica e é uma inverdade de todo o tamanho e por isso eu queria aqui também anunciar que não existe nenhuma espécie de tubarão em via de extinsão em Cabo Verde ou no Atlântico. Isto são afirmações do Ministério do Mar, das nossas instituições, do Instituto do Mar (Imar), da Direcção Nacional das Pescas, mas também da Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICAT)”, reagiu.
Segundo o ministro, tais informações, “muitas vezes infundadas”, criam também alguma dúvida em relação ao acordo com a União Europeia (U E), quando se sabe que a UE é uma parceira importante para Cabo Verde.
O governante explicou que neste momento o ICAT autoriza a pesca na Zona Económica Exclusiva de Cabo Verde (ZEE) cerca de 30 mil toneladas de tunídeos por ano e dentro deste limite Cabo Verde tem um acordo com a União Europeia para a pesca de até sete mil toneladas por ano.
“No acordo anterior, 75 por cento ( %) eram espécies tunídeos, mas também tínhamos a pesca do tubarão azul que era 20 %. E agora no novo acordo passou para 15% do total das sete mil toneladas. Ou seja, as quantidades estão a ser fiscalizadas, calibradas e acompanhadas”, adiantou.
Sobre o facto do estudo ter concluído que “menos de 1% da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Cabo Verde está abrangida por áreas marinhas protegidas, deixando de fora zonas críticas para a conservação da espécie”, Jorge Santos disse que em Cabo Verde há nove espécies que são protegidas e proibidas de pescar pelo que desafiou ou investigadores a “apresentar quais são as espécies de tubarão” que estão a referir na pesquisa.
A Semana com Inforpress
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