O protocolo de cooperação entre a Universidade de Santiago (US) e a câmara de São Filipe visa reforçar o ensino superior e promover uma cultura universitária na ilha, disse o reitor da US, Gabriel Fernandes.
O protocolo foi rubricado no início da noite de quinta-feira, 30, na cidade de São Filipe, entre o Reitor da US, Gabriel Fernandes, e o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva.
O documento estabelece as bases para a criação do Centro de Recursos Tecnológicos e Universitários de São Filipe, “um projecto inovador” da edilidade que pretende revolucionar o acesso ao ensino superior na Região Fogo/Brava.
O reitor enfatizou que o protocolo vai além da oferta de cursos, porque, explicou, as partes pretendem promover uma cultura universitária na ilha do Fogo, com cursos que tenham relevância social e contribuam para o desenvolvimento humano e económico de toda a Região Fogo/Brava.
A US planeia oferecer formações em diversas áreas, desde licenciaturas e mestrados até cursos microcredenciados e programas de empreendedorismo.
O objectivo, de acordo com o protocolo, é criar uma comunidade de conhecimento que integre ensino, investigação e intervenção sociocomunitária, transformando o conhecimento em um bem socialmente relevante.
“A ilha do Fogo tem uma relação histórica com a US. Em 2016, foi pioneira na formação de enfermeiros, através do chamado complemento da licença de enfermagem, um marco que consolidou a parceria entre as instituições”, disse Gabriel Fernandes.
O reitor lembrou que na sua origem a US teve um “grande número” de alunos do Fogo e que na fase seguinte a universidade foi convidada, por alguns tomadores de decisão da ilha, para avançar com a implantação do ensino superior na ilha, o que não aconteceu devido a várias razões e condicionalismos, mas sublinhou que foi a partir do Fogo que a US montou o ensino à distância.
Com o novo protocolo, a expectativa é que a ilha se torne um polo de conhecimento, contribuindo para a construção de uma sociedade mais capacitada e preparada para os desafios do futuro.
O presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva, por seu lado, disse que o protocolo, que já vinha sendo discutido há algum tempo e foi formalizado com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento de competências futuras e oferecer oportunidades de formação de qualidade aos jovens de São Filipe e da região.
Segundo o mesmo, o Centro de Recursos Tecnológicos e Universitários, que vai ser implementado com apoio da US e de outras universidades, funcionará como um espaço de ensino híbrido, combinando aulas à distância com sessões presenciais monitoradas por tutores e coordenadores pedagógicos.
O projecto do centro surgiu como uma resposta às necessidades locais e às transformações globais no campo da educação.
“Este é o caminho do futuro. As tecnologias estão invadindo nossas vidas em todos os espaços, e a área de formação e do ensino, principalmente depois da pandemia devem aproveitar esses recursos”, disse
O centro, que deverá abrir no próximo ano lectivo, vai permitir que os estudantes de São Filipe e de toda a ilha do Fogo tenham acesso a cursos de nível superior sem precisar sair da ilha, reduzindo custos para as famílias e promovendo a inclusão educacional.
A câmara, disse, comprometeu-se a oferecer apoio logístico, como transporte escolar e subsídios para propinas, além de atrair outras universidades privadas para integrar o projecto.
A Semana com Inforpress
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