O presidente da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria disse hoje que o aniversário de Amílcar Cabral marca o fim das comemorações do centenário e o início das comemorações dos 50 anos da independência do país.
Em entrevista à Inforpress, Álvaro Dantas Tavares, que se encontrava na cerimónia de deposição da coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, na cidade da Praia, considerou que a data desfruta de “um sabor especial”, com motivo de satisfação para todos os cabo-verdianos.
A juventude tem reagido “positivamente” ao apelo da história, continuou a mesma fonte, de reconhecimento e no valor histórico deixado pelo activista, político e combatente.
Segundo Álvaro Dantas Tavares, embora a tentativa de algumas pessoas de "descontruir ou criar uma nova narrativa” para a história, a associação tem feito um esforço para continuar a recordar o legado de Amílcar Cabral.
Sem actividades programadas para este ano, Álvaro Dantas Tavares disse que com o corte do subsídio de 75 mil escudos que recebiam do Governo, a organização vive há três anos uma “situação difícil”.
“A associação tinha direito a esse subsídio, a associação inteira, portanto, resolveram cortar-nos o subsídio. Não sei porquê, mas foi um gesto de hostilidade para connosco, para com os combatentes”, repudiou, salientando que a associação tem sobrevivido com apoio dos combatentes e parceria com instituições nacionais.
O acto solene de homenagem aos heróis nacionais e a deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, “ grande obreiro” da luta de libertação, contou ainda com a presença do presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, líderes dos partidos políticos e os Combatentes da Liberdade da Pátria.
Amílcar Lopes Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924, em Bafatá, Guiné-Bissau, filho de pais cabo-verdianos, e foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973, em Conacri, antes de ver os dois países (Cabo Verde e Guiné-Bissau) tornarem-se independentes.
Foi o fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), morreu depois de uma luta armada iniciada em 1962 contra o colonialismo português.
Amílcar Cabral permanece como uma figura central da história de África, em especial a de Cabo Verde e da Guiné Bissau.
A Semana com Inforpress
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