O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, destacou hoje a importância da paz e enalteceu o facto de o projecto “Paz Como Se Faz” ter iniciado nas escolas secundárias do país.
Augusto Veiga fez essa afirmação à imprensa, à margem do lançamento do projecto “Paz Como Se Faz”, que teve lugar na Escola Secundária Polivalente Cesaltina Ramos, na Achada Santo António, e apontou a escola como “espaço ideal” para plantar “as sementes da paz”.
“As escolas são os melhores vectores para disseminar essa cultura. É nelas que começamos a construir uma juventude consciente e comprometida com um futuro mais harmonioso”, disse o governante, que afirmou que o projecto representa um compromisso fundamental para o futuro de Cabo Verde.
Augusto Veiga defendeu, por outro lado, que a paz não é um estado permanente, mas algo que precisa ser cultivado todos os dias.
“Este projecto nos permite preparar as novas gerações para lidar com as diferenças, promover o diálogo e fortalecer os valores que sustentam a nossa sociedade,” enfatizou.
Por seu lado, a secretária executiva da Comissão Nacional de Cabo Verde para a Unesco, Carla Palavra, disse que o objetivo do projecto é reforçar a cultura da paz, num momento em que o mundo enfrenta “crescentes polarizações sociais”.
“Embora Cabo Verde seja um país seguro e sem guerras, precisamos nos precaver. Não podemos tomar a paz como algo garantido. A educação é essencial para garantir que nossos jovens desenvolvam uma consciência de respeito e convivência em um mundo tão dividido,” afirmou Carla Palavra.
Conforme explicou, a primeira etapa do projecto será implementada em dez escolas, nas ilhas de Santiago e São Vicente, e engloba workshops para alunos e professores, visando multiplicar o conhecimento nas comunidades escolares e locais.
“As escolas são o coração desse projeto. Os jovens, especialmente entre o 7.º e o 9.º ano, têm o potencial de serem protagonistas na construção da paz. Nosso papel é oferecer ferramentas e conteúdos para que eles assumam essa responsabilidade”, concretizou a mesma fonte.
O projecto, que conta com o financiamento da Unesco e parceria do Ministério da Educação, tem início previsto de implementação da primeira fase de Janeiro a Maio de 2025.
A Semana com Inforpress
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