quinta-feira, 21 novembro 2024

A ATUALIDADE

Parlamento: UCID propõe assumir parte da dívida das indemnizações dos ex-trabalhadores da EMPA no OE 2025

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A UCID (oposição) sugeriu esta quarta-feira  que dentro dos encargos e dívidas assumidos no Orçamento do Estado para 2025, os ex-trabalhadores da Empresa Pública de Abastecimento (EMPA) deverão receber parte da indemnização no valor de 200 mil contos.

A sugestão foi feita pelo presidente do partido, João Santos Luís, durante a segunda sessão plenária do mês de Novembro, que iniciou esta quarta-feira para debater a proposta de Lei que aprova o Orçamento do Estado para o ano 2025.

João Santos Luís propôs o aditamento do artigo 6A, em que o Governo assume o compromisso de, através do OE para 2025, pagar parte da diferença da indemnização no total de 200 mil contos aos ex-trabalhadores da EMPA, ficando cerca de pouco mais de 400 mil contos para serem ressarcidos em 2026-2027.

“Ficou claro que é uma questão do Estado de Cabo Verde que deve honrar os seus compromissos de forma que a empresa foi extinta em 2003, já lá vão 21 anos”, defendeu, realçando que deve ser esclarecido aos cabo-verdianos sobre todo o processo.

Segundo o deputado, está provado a dívida de 600 mil contos a esses trabalhadores, como diferença do processo que se iniciou na década de 90, ressaltando que o Governo está na posse de toda documentação.

Na mesma linha, o deputado do PAICV, Julião Varela, avançou que existe um dossiê no Ministério das Finanças para ser publicado, sobre o relatório final da liquidação da empresa, avançando que foi criada, na altura, uma Comissão Liquidatária que “terminou o seu trabalho e deixou os elementos” para a elaboração e publicação final.

“Foi criado um grupo de trabalho com representação dos sindicatos para dar seguimento a este assunto. Está morto e na gaveta, convém tirar porque os trabalhadores estão a reivindicar a diferença entre o resultado da liquidação e aquilo que receberam”, enfatizou.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, por seu turno, absorveu a proposta, justificando que “não há nada que comprova” que o Governo é o devedor da dívida, assegurando que quando isto acontecer, serão assumidas as responsabilidades

“Isto é um processo que vem desde 2014, do Governo anterior, portanto, no dia que tivermos toda a confirmação que o Estado é devedor, encontrará uma solução para regularizar a situação mesmo que parcialmente”, garantiu, asseverando que não se pode assumir no OE esta responsabilidade.

Segundo Olavo Correia, enquanto não for confirmado com “provas” sobre a dívida por parte do Governo, o Estado não deverá repor o valor, demonstrando-se, contudo, abertura para receber os sindicatos e discutir a questão.

A proposta de aditamento do artigo 6A obteve 36 votos contra do MpD (poder), 22 votos a favor sendo um da UCID.

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 19 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 16 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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