quinta-feira, 21 novembro 2024

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Parlamento: Oposição questiona aumento de 104 mil contos no OE2025 e pede racionalização de recursos

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A oposição questiona aumento de 104 mil contos no OE2025 e pede racionalização de recursos Cidade da Praia, 20 Nov (Inforpress) – Os partidos da oposição questionaram hoje o aumento de mais de 104 mil contos no artigo 5.º do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), referente a despesas com deslocações, pedindo a canalização da verba para outras áreas.

Durante o debate da segunda sessão plenária do mês de Novembro, que iniciou hoje, para debater, na especialidade, a proposta de lei que aprova o OE2025, o artigo mereceu 35 votos à favor do MpD (poder), 20 obtenção do PAICV e um contra da UCID. 

O deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Fidel de Pina, salientou que Cabo Verde, por ser um país com parcos recursos, o montante é “excessivo” e que o investimento deveria ser feito em outras áreas prioritárias como a saúde, juventude e educação.

Segundo o parlamentar, o aumento de mais de 104 mil contos em relação ao OE2024 corresponde a “um gasto de 300 contos” por dia em viagens e estadia.

“A verdade é que ano após ano este valor tem aumentado de forma exponencial, que não condiz com a nossa realidade. Será que no ponto três que diz que as viagens são feitas na classe económica, será que isso é verdade”, questionou, pedindo a redução das despesas e a implementação da governação digital.

“Não pedimos a anulação das viagens, mas a racionalização desta deslocação na medida que o país pode”, reiterou, referindo que a “caravana” do Governo é extensa e que “para o bem do país” o valor deve ser empregado nos sectores necessitados.

O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), João Santos Luís, único deputado do partido presente no debate, e que se posicionou contra o artigo, explicou que na prática a “contensão não existe” e que não tem surtido efeito, e que o país precisa de contenção e racionalização das despesas públicas para que se possa libertar recursos para outros fins.

“Nós não podemos compactuar com o Governo nesta matéria, que aumenta não só nos custos deslocação e estadia, a outros rubricas que aumentaram e, portanto, então deve racionalizar as despesas para podermos canalizar recursos para onde são necessários”, disse, exemplificando a introdução da melhoria na qualidade de água consumida pelas pessoas em Santiago e Santo Antão.

Para a bancada do Movimento para a Democracia (MpD, poder), o Governo tem feito a gestão “rigorosa e criteriosa” dos recursos dos cabo-verdianos, um facto que pode ser constatado pelas instituições internacionais.

O deputado do MpD Euclides Silva disse que o discurso do PAICV não passa de “populismo e demagogia”, uma vez que o maior partido da oposição “finge que a inflação não afectou o preço das viagens”.

Para o deputado, um país arquipelágico necessita das viagens para ter notoriedade internacional, com presença em palcos mundiais e marcando uma posição de relevância, realçando que o valor “nem chega a um por cento do total do OE2025”.

“O PAICV finge que os funcionários públicos não aumentaram, que tem necessidade de viajar, os inspectores da Polícia Judiciária, inspectores das finanças, a Polícia Nacional, médicos e professores. O PAICV deve parar com populismo e focar no essencial”, frisou, destacando que o orçamento continua a aumentar o rendimento e reduzir a pobreza.

Segundo o deputado do MpD, o PAICV quando se refere ao aumento da pobreza, esquece os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, que demonstra, contrariamente, a diminuição da pobreza e o aumento do emprego em Cabo Verde.

Por seu lado, o vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, considerou que é obrigação de todos ser racional na utilização dos recursos públicos, com obrigação também de optimizar na aquisição de bens e serviços, pagamentos de renda, despesas com pessoal e encargos com dívidas.

Conforme explicou, nem 10% do valor total da viagem é destinada aos membros do Governo, recordando que as despesas competem igualmente aos funcionários da Administração Pública, incluindo os deputados e o Presidente da República.

“Um país como Cabo Verde tem de estar nos palcos internacionais onde questões que interessam Cabo Verde são discutidas e temos de circular a nível do País para prestar melhores serviços aos cidadãos”, explicitou, apelando ao sentido de responsabilidade.

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 17 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 16 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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