sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

FAO alerta para o direito a uma alimentação saudável, nutritiva e acessível a todos

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 O director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, alertou hoje ao mundo para a concretização do “direito aos alimentos” visando garantir uma alimentação saudável, nutritiva e acessível.

Qu Dongyu fez esta alerta na sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da Alimentação que se assinala, esta quarta-feira, 16 de Outubro, sob o tema “O direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”.

Lembrou que a alimentação é um direito consagrado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e ressaltou que cerca de 730 milhões de pessoas passam fome em resultado de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, incluindo conflitos, repetidas perturbações climáticas, desigualdade e recessão.

Actualmente, do ponto de vista calórico, a agricultura produz alimentos mais do que suficientes para alimentar toda a população mundial. No entanto, cerca de 730 milhões de pessoas passam fome em resultado de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, incluindo conflitos, repetidas perturbações climáticas, desigualdade e recessão económica”, disse.

Ainda segundo aquele responsável, milhares de milhões de pessoas não têm acesso a alimentos saudáveis e sublinhou que a outra realidade é muito dura e engloba mais de 2,8 mil milhões de pessoas sem meios para se alimentar de forma saudável, o que constitui uma das principais causas de todas as formas de subnutrição.

Em suma, quase um terço da população mundial não consome os nutrientes e micronutrientes de que necessita para se desenvolver e, nalguns casos, para sobreviver”, afirmou, ressaltando a urgência em se melhorar a qualidade de vida de cerca de metade da população mundial.

Neste âmbito, avançou que para o bem comum, uma maior diversidade de alimentos nutritivos e acessíveis deve estar presente “nos nossos campos, nas nossas redes de pesca, nos nossos mercados e nas nossas mesas”.

Conforme Qu Dongyu, o desafio não consiste apenas em satisfazer as necessidades nutricionais das pessoas, mas também em assegurar que os sistemas agroalimentares sejam eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, de modo a poderem respeitar as culturas alimentares tradicionais e uma alimentação saudável baseada na ciência, sem se sobreporem às preferências pessoais.

Outro elemento crucial é a saúde e a viabilidade a longo prazo do ambiente de que dependemos para produzir estes alimentos e que necessita de biodiversidade para prosperar. O direito à alimentação não constitui, por si só, uma solução direta para os problemas da fome e da diversidade alimentar. No entanto, ajuda-nos a definir as nossas aspirações coletivas para o tipo de mundo justo e equitativo em que queremos viver”, enfatizou.

Face a estas preocupações, defende que todos devem “agir agora” e afirma que a FAO está a esforçar-se por tornar este direito uma realidade, apesar dos desafios existentes e que está sendo combatido pela organização com a reconstrução das infra-estruturas agrícolas para garantir a disponibilidade e a acessibilidade dos alimentos, para assegurar a segurança alimentar a longo prazo, entre outros.

Avançou ainda que programas como a iniciativa “Hand in Hand”, “One Country, One Priority Commodity”, a Economia   Azul e os programas de cooperação técnica, também têm como objectivo alcançar a segurança alimentar e a nutrição a médio e longo prazo numa série de países.

“Em muitos países, em todas as regiões, a FAO trabalha com pescadores e autoridades locais para alargar a proteção social e a inclusão económica às pessoas mais vulneráveis, ajudando-as a diversificar a sua produção, a criar outras fontes de rendimento e a estabelecer ligações com novos mercados”, acrescentou.

Os governos, segundo reforçou, não são os únicos a quem a FAO apela e solicita envolvência “nesta batalha” é necessário a colaboração de todos os sectores e de todos os parceiros a nível mundial, quer se trate de governos, do setor privado, do meio académico, da sociedade civil ou de indivíduos, para que a acção colectiva possa ser, de facto, a força motriz de uma mudança profunda.

“Neste Dia Mundial da Alimentação, reiteramos o nosso empenhamento na construção de sistemas alimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, que respeitem o direito de todos a uma alimentação variada e nutritiva, pois, só assim podemos encontrar o caminho de volta à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que é a nossa promessa coletiva de agir em prol da Humanidade, do Planeta e da prosperidade”, afirmou.  

Para tal, podemos transformar os sistemas agroalimentares mundiais para alcançar os ‘Four Betters’ que dizem respeito à produção, à nutrição, ao ambiente e às condições de vida, sem deixar ninguém para trás. Temos de agir para o futuro”, concluiu.

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 19 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 18 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 16 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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