A única tartaruga Yangtze fêmea, trazida do Zoo Ecológico de Changsha em 2008, já quase nonagenária, para acasalar com o único macho do Zoo de Suzhou morreu na quinta tentativa de inseminação artificial, anunciaram este domingo, 14, as autoridades conservacionistas da China.
Espécime de água doce, a tartaruga gigante de carapaça (ou casco) mole media 100 cm e pesava 115 kg. Era originária do rio Yangtze, o Rio Vermelho, que nasce nos altos do Tibete a mais de seis mil quilómetros da foz no Mar da China em Xangai, a metrópole que dista 98 km de Suzhou. O maior rio do país — também o de maior intensidade de exploração industrial — é local de origem de várias espécies hoje em risco acelerado de extinção.
Falhados os métodos reprodutivos naturais, a raríssima tartaruga foi inseminada cinco vezes desde 2008, ano em que chegou a Suzhou vinda de Changsha, no sudoeste, distante 800 km. Não resistiu à última operação e teve a vida encurtada em mais de vinte anos, já que as tartarugas de casco mole vivem em média 120 anos. O tecido ovariano foi recolhido para pesquisa científica.
O macho sobrevivente do Zoo de Suzhou, cidade no leste da China, não está sozinho… no mundo, já que existem dois congéneres no Zoo Nacional do Vietname (foto à esquerda). Os três últimos da espécie, a não ser que as autoridades conservacionistas da China encontrem a fêmea jovem em estado selvagem que aí vive, segundo relatos de camponeses do Tibete onde nasce o Yangtze, rio ’hiperindustrializado’, letal para a fauna originária.
Fontes: NatGeo/Times of China.Foto (AP): A chegada ao Zoo de Suzhou da raríssima tartaruga em 2008, vinda de Changsha, no sudoeste, distante 800 km. A esperança de reproduzir a espécie terá morrido este domingo, 14.
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