O SOS está lançado pelos responsáveis para a necessidade de se prestar socorro aos camponeses e criadores de gado por causa de mais um mau ano agrícola no Porto Novo de Santo Antão.
É que as autoridades municipais admitem a possibilidade de o município continuar a ser afectado pela seca que, desde de 2017, “assola fortemente” este concelho, onde a maioria das localidades continua ainda à espera da queda da primeira chuva.
Em declaração citada pela Inforpress, o presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, anuncia que se está “de facto perante uma situação preocupante”, já que “a seca que assolou fortemente” este concelho em 2017 e 2018, ameaça agudizar-se em 2019.
Informa o autarca que, face ao espectro de mais um ano seca no Porto Novo, a câmara municipal, “em concertação com o Governo, continuará a envidar esforços para mitigar os efeitos da seca”, no seio das populações, com a implementação de projectos nos domínios da pecuária, agricultura e pesca.
O Edil do Porto Novo reafirmou, por outro lado, o facto de este município já dispor de “um plano de prevenção” para, caso a situação o exigir, acudir às cerca de 500 famílias no concelho, cujo sustento depende, designadamente, da pecuária.
Morte de animais e plano de mitigação da seca
Segundo a mesma fonte, algumas dessas medidas relacionam-se com a criação de emprego e salvamento do gago, num concelho com um efectivo pecuário que ultrapassa os 23 mil cabeças de gado - neste ano de seca criadores já perderam vários animais, com destaque para cabras, carneiros e vacas, por falta de pasto e água.
Uma situação que, segundo os críticos, se deve ao impacto quase nulo do contestado programa do actual Governo de Ulisses Correia e Silva para a mitigação da seca, financiado na sua maior parte pela cooperação internacional, cuja implementação mereceu fortes críticas dos criadores de animais e agricultores em todo o país.
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