O município de São Filipe, na ilha do Fogo, registou nas duas últimas semanas uma queda no número de casos de dengue, mas a delegada de Saúde alerta para a necessidade de continuar a luta e sensibilizar a população.
Durante a reunião da Comissão Municipal de Saúde para actualização dos dados relativos à dengue realizada na segunda-feira, a delegada de Saúde de São Filipe, Joana Alves, disse que nas duas últimas semanas foram registados um total 42 casos suspeitos, dos quais 12 deram positivos nos exames laboratoriais.
Desde o surgimento do primeiro caso em Novembro do ano passado o município de São Filipe registou um total acumulado de 495 casos suspeitos, dos quais 253, mais de metade (51,1%), confirmados com os exames efectuados.
A faixa etária dos 25 aos 49 anos e inferior a dez anos é a mais afectada, segundo dados estatísticos da delegacia de Saúde de São Filipe, sendo que neste momento as zonas do interior do município têm registo de maior número de casos suspeitos e positivos.
Na contabilidade não entram os casos dos Municípios de Santa Catarina e dos Mosteiros.
Com relação ao número de casas pulverizadas, a delegada de Saúde de São Filipe avançou que a meta era pulverizar 85 por cento (%) das casas da cidade de São Filipe, mas que por dificuldades em obter, quer junto da câmara como do Instituto Nacional de Estatísticas e outras instituições, o número de casas existente no município, um número significativo de residências foram objectos de pulverização.
Segundo a delegada, a equipa de consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) que em Dezembro de 2023 realizou um estudo sobre a dengue na ilha, recomenda a realização de trabalho mais aprofundado na luta contra a dengue, apontando que a maior preocupação é o número de casas fechadas e a necessidade de reforçar a ilha com mais agentes, sobretudo de agentes de sensibilização da população.
Neste capítulo estava agendada para hoje a formação de dez agentes vectoriais e dez agentes de sensibilização das comunidades para os municípios de São Filipe e dos Mosteiros e cinco agentes vectoriais e cinco agentes de sensibilização para o município de Santa Catarina do Fogo, mas devido a dificuldades com a ligação a formação deverá iniciar na quarta-feira no sistema online.
Joana Alves mostrou-se “preocupada” com o surgimento de casos de dengue de Tipo Um na Cidade da Praia devido a grande movimentação de pessoas entre a ilha do Fogo e a Cidade da Praia, por um lado, e por outro porque ninguém está imune ao Tipo Um, mesmo as pessoas que foram contaminadas anteriormente.
Neste sentido, a delegada de Saúde defende a necessidade de maior sensibilização da população, lembrando que a ilha sempre teve mosquitos Aedes Egypti e acima da média e que os estudos dos consultores da OMS apontam os vasos de plantas e reservatórios de água como principais viveiros de mosquitos transmissor da dengue.
A Semana com Inforpress
06 de fevereiro 2024
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