domingo, 10 novembro 2024

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Festival de Literatura no Sal, Cabo Verde, assinala 100 anos de Cabral

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 O Festival de Literatura-Mundo do Sal, em Cabo Verde, vai ser precedido este ano por um colóquio para assinalar o centenário de Amílcar Cabral, a partir de segunda-feira, anunciou a organização.

 

A abertura oficial do Colóquio Centenário de Amílcar Cabral, no dia 10 de junho, contará com José Maria Neves, Presidente cabo-verdiano, e Domingos Simões Pereira, presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau.

 

"Queremos fazer uma homenagem a esta personalidade", disse à Lusa a editora Márcia Souto, das publicações Rosa Porcelana.

"Juntamo-nos para refletir” sobre o legado de Cabral “e esperamos que a reflexão continue, sobretudo sabendo que é cada vez mais importante termos em mente as ideias defendidas por Amílcar Cabral de autodeterminação e liberdade", sublinhou.

A abertura oficial do Colóquio Centenário de Amílcar Cabral, no dia 10 de junho, contará com José Maria Neves, Presidente cabo-verdiano, e Domingos Simões Pereira, presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau.

Já a sessão de encerramento do colóquio, a coincidir com a abertura do Festival de Literatura-Mundo do Sal, no dia 12 de junho, será presidida pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

No global, os eventos contarão com 11 mesas temáticas, homenagens, lançamentos de livro, teatro, leituras e visitas a escolas.

Haverá convidados de nove nacionalidades (Angola, Brasil, Cabo Verde, França, Guiné-Bissau, Itália, Portugal, São Tomé e Príncipe e Suíça) para as sessões do colóquio e do festival que culminará com o lançamento do livro da vencedora do Prémio Lhana de Literatura.

"A nossa ambição é colocar Cabo Verde e Sal como um ponto de encontro para se pensar a literatura, sobretudo literatura mundo que é um conceito mais específico e em que haja ali na ilha, a possibilidade de diálogo, de interlocuções entre escritores, autores, personalidades de diversas paragens", concluiu Márcia Souto.

Amílcar Cabral, líder anticolonialista, precursor das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde face ao regime ditatorial português, faria 100 anos a 12 de setembro de 1924.

Foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 49 anos.

A Semana com Lusa

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