As eleições autárquicas de 2020 acontecerão entre Setembro e Outubro deste ano, conforme admitiu o Primeiro-ministro em entrevista à Rádio Nacional. Já os membros do governo, através de vários ministros, estão já em campanha antecipada, lançado e inaugurado obras nos vários municípios, sobretudo no âmbito do Pograma de Realização, Requalificação e Acessibilidades (PRRA) e dos fundos do Ambiente e do Turismo.
A socialização da data para as próximas eleições municipais vai, no entanto, depender, conforme determina a lei, dos encontros que o chefe do Governo vai efectuar com os líderes dos partidos políticos: MpD, PAICV, UCID, PP, PSD e PTS. Segundo admitiu Ulisses Correia e Silva, essas eleições poderão acontecer entre Setembro e Outubro deste ano.
No encerramento da sua última convenção no Sábado, o líder do partido no poder anunciou que vai realizar a sua convenção autárquica neste mês de Março, altura em o MpD apresentará os seus candidatos às 22 Câmaras Municipais do país. Como anunciou, o partido quer concorrer com candidatos próprios em todos os concelhos, tendo como meta manter as atuais 18 câmaras ou chegar a 20, no máximo. O sistema ventoinha vai, no entanto, enfrentar dificuldades para manter as Câmaras de São Vicente e São Filipe, isto diante da forte rejeição que se regista em relação ao Edil Augusto Neves e ao presidente Jorge Nogueira.
A fazer fé nas fontes deste jornal, tudo indica que o maior partido da oposição irá seguir o mesmo caminho adotado pelo MpD no tocante à definição dos seus cabeça de lista. Tendo realizado o seu congresso ordinário entre final de Janeiro e início de Fevereiro, o PAICV deve socializar durante este mês de Março os seus candidatos às diferentes Câmaras Municipais. Além de manter as duas Câmaras que governa (Mosteiros e Santa Cruz), almeja conquistar outras, principalmente na região de Fogo e Brava e na ilha de Santiago. O maior partido da oposição poderá, em alguns concelhos, apoiar grupos de independentes ou negociar elementos destes para a sua lista.
Como apurou este jornal, os restantes partidos já estão também a movimentar – se, tendo em vista as próximas eleições autárquicas. Já a UCID aposta em São Vicente onde tem forte implantação, podendo concorrer, pela quarta vez consecutiva, com o seu líder António Monteiro à presidência da Câmara local. Anunciou que vai concorrer em outras autarquias de Cabo Verde, que ainda não precisou.A nível da Sociedade Civil, o mais certo é que surja uma candidatura independente em São Vicente, apoiado pelo movimento Sokols 2017. Na Boa Vista, vai acontecer o mesmo com o grupo independente de Sérgio Corra.
Entretanto, o Governo já se encontra em campanha de apoio às Câmaras da sua área de influência. Além do Primeiro-ministro, vários membros do actual executivo de Ulisses Correia e Silva vêm-se desdobrando em visitas às ilhas, lançado e inaugurado obras nos vários municípios, sobretudo no âmbito do Pograma de Realização, Requalificação e Acessibilidade (PRRA), dos fundos do Ambiente e do Turismo. Segundo alertam observadores nacionais, o Vice– Primeiro– ministro (Olavo Correia), o ministro do Estado e da Presidência do Conselho de Ministros (Fernando Elísio Freire), a ministra das Infreastruturas (Eunice Silva) e o ministro da Agricultura e Ambiente (Gilberto Silva) são os governantes que estão na linha da frente nesta campanha antecipada de apoio sobretudo às câmaras geridas pelo MpD – citam como exemplos os executivos camarários de São Vicente, São Filipe, Sal e de Santiago Norte que vêm sendo contempladas com vários projectos.
Oxalá que não venham surgir situações muito mais complicadas na gestão destes projectos das que supostamente poderão ter acontecido com o Fundo do Ambiente, alertam fontes deste jornal.
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