Como é do costume nestas épocas eleitorais, os munícipes, em plena campanha a favor dos seus apoiados políticos, foram surpreendidos por essa chuva torrencial, que inviabilizou a agenda dos mesmos por algumas horas e complicou ambiente da disputa eleitoral. É que devido a situação provocada pela covid- 19, ficou proibida, por entidades competentes, de se fazer campanha com atos que juntam pessoas (comícios, reuniões e contatos físicos). O presidente da Proteção Civil de Cabo Verde, recorde-se, chamou a atenção contra o incumprimento”, o “desleixo e o relaxamento” relativamente às normas neste período.

Face à queda inesperada da chuvas - na Praia estasocorreram entre 11 e 13 horas e no Fogo chegaram com fortes rajadas de vento durante o dia - os partidos concorrentes tiveram que se desenrascar como podem. Uma situação que acabou, afinal, por ajudar as autoridades a evitarem aglomerações de pessoas em campanha.

No entanto, o candidato do MPD à Câmara da Praia, “ fintou” a chuva amiga que resolveu dar as caras justamente no dia da abertura da campanha para as autárquicas 2020.Os apoiantes do atual regente da câmara da Praia, Óscar Santos, conseguiram, mesmo que por pouco tempo, levar às ruas da cidade da Praia as suas manifestações em relação ao seu partido, MPD.

Será que foi mera coincidência ou a natureza está em favor deste candidato? Óscar Santos conseguiu, no entanto, ser o único candidato que, mesmo nessas circunstâncias, colocou munícipes nas ruas a fazer campanha na Praia, enquanto os outros estavam em preparação para sair no terreno, mas a chuva pregou-lhes uma partida, deixando-lhes de mãos atadas.

Para capitolinos, restou aos candidatos colocar em marcha o plano B, usando a criatividade para esquivar-se a este acontecimento relâmpago.

A pergunta que muitas fazem é esta: “ Será que os munícipes a favor dos outros candidatos vão amedrontar-se e ir para casa (continua a chuviscar) resguardar a chuva com chapéus e sair na mesma ou vão regressar às sedes e continuar com a campanha mesmo ali?”