sexta-feira, 04 julho 2025

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PAICV: A campanha eleitoral ficou “amputada” com a não realização do debate entre os candidatos por indisponibilidade do líder do MpD

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O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) considerou esta sexta-feira, 16, que a campanha eleitoral ficou “amputada” com a não realização do debate entre os candidatos dos três partidos políticos (PAICV, MpD e UCID), que concorrem em todos os circulos eleitorais nas legislativas de 2021, cuja responsabilidade atribui ao líder do MpD. É que, após decisão do Tribunal Constitucional a viabilizar o debate a três (MpD, UCID e PAICV), como inicialmente previsto, os ventoinhas viriam a alegar “indisponibilidade” de agenda de Ulisses Correia e Silva para esta segunda ronda de debates entre os três partidos com assento parlamentar na legislatura que ora finda. Atitude condenada pelos tambarinas que consideram o facto um “balde de água fria nas expetativas do eleitorado, no País e na Diáspora.

Avelino Bonifácio Lopes, mandatário do PAICV para Santiago Sul, considera que a democracia cabo-verdiana saiu mais pobre com esta decisão e que a campanha eleitoral saiu “coxa” , ao mesmo tempo que o líder do MpD saiu “diminuído” com esta decisão de não comparecer ao debate que estava agendo para esta sexta-feira.

O partido liderado por Janira Hopffer Almeida, candidata a Primeira-ministra nas eleições deste domingo, considera ainda que este “bloqueio” do debate configura um ato de “irresponsabilidade e de falta de respeito” para com os cabo-verdianos que têm o direito de ouvir, avaliar, aprovar ou reprovar as propostas apresentadas em confrontação dinâmica, como já é habitual e salutar em democracia.

“Aliás, o líder ventoinha sempre que teve oportunidade de fugir ao debate fê-lo. Foi assim no Parlamento e noutros espaços e voltou a fugir agora”, ressalta Bonifácio.

Ausência de Ulisses Correia e Silva ao debate

“Fomos surpreendidos ontem à noite pela indisponibilidade do MpD e de Ulisses Correia e Silva de participar no debate, significando o cancelamento do mesmo, entre os líderes dos três partidos que concorrem em todos os círculos eleitorais, logo, com possibilidade de vir a ser Primeiro Ministro”, anota.

“Os debates demonstram que, em primeiro lugar, os líderes conhecem profundamente o país, em segundo lugar, se sabe o que realmente quer para dar resposta aos desafios e problemas do país, em terceiro lugar se tem domínio das ideias contidas no seu programa eleitoral e em quarto lugar se não estará a faltar a verdade», aponta Bonifácio.

Este mandatário assegura que da parte da líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, houve sempre “total” abertura para ajustar a sua agenda e refazer o calendário das suas ações de campanha, para dar ao país a oportunidade de ouvir as suas propostas. “Já da parte do líder ventoinha, vê-se claramente que aproveitou esta polémica em torno da realização do debate para literalmente fugir à confrontação”, critica.

“A desculpa de honrar os outros compromissos é, nitidamente, uma desculpa de mau pagador, porque todos os outros têm compromissos e não há compromissos maiores do que disponibilizar-se para a apresentação de uma plataforma eleitoral num quadro de confrontação com outras propostas, quanto mais se sabe que o povo estava, e está ainda, à espera deste acontecimento político relevante para o país”, sublinha.

Povo e necessidade de debates

O PAICV é da opinião que para todos os líderes, principalmente aquele que esteve a governar, os debates são oportunidades a não desperdiçar, particularmente, quando se tem obras para apresentar e projetos para o futuro.

“Quando um líder foge ao debate é uma confissão clara de que não está em condições de se apresentar perante o povo que o elegeu, para avaliar os seus resultados e para conferir suas novas propostas”, argumenta o mandatário.

Avelino Bonifácio interpreta que a referida "indisponibilidade de UCS vem dar razão à convicção inicial do PAICV de que o cancelamento do debate era "conveniente" para o MpD. Isso, porque “tenta a todo o custo esconder as fragilidades do Ulisses em justificar o não cumprimento das suas promessas anteriores e a dificuldade de apresentar propostas novas que não sejam o refogado das anteriores que já não convencem a ninguém”, exclama.

“O povo registará claramente esta decisão de bloquear o debate por parte de Ulisses Correia e Silva e saberá avaliar nas urnas esta fuga à responsabilidade de controle e prestação de constas”, enfatiza aquele mandatário do PAICV.

Neste contexto de campanha eleitoral, o maior partido da oposição, que concorre em todos os círculos eleitorais do País, reforça o apelo a todos os cabo-verdianos a exercerem o seu direito de voto nas urnas, no dia 18 de Abril.

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lucas
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