quinta-feira, 21 novembro 2024

Toxina causada pelo calor pode ser causa da morte de 120 golfinhos na Amazónia brasileira

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Uma equipa de biólogos está a investigar se uma biotoxina gerada pelas altas temperaturas na região amazónica do Brasil causou a morte de 120 golfinhos de duas espécies ameaçadas de extinção nas últimas semanas.

A morte dos 120 golfinhos é o pior evento do género em pelo menos três décadas.

A oceanógrafa Miriam Marmontel, líder dos pesquisadores de mamíferos aquáticos do Instituto Mamirauá de Desenvolvimento Sustentável, disse à agência espanhola Efe que a onda de calor que assola a Amazónia elevou a temperatura da água do Lago de Tefé oito graus acima da máxima normal e que isso teve um papel decisivo na morte dos golfinhos, pois pode ter causado hipertermia.

No entanto, a especialista disse que essas altas temperaturas poderiam ter, por sua vez, "exacerbado" alguma substância tóxica na água que enfraqueceu ainda mais os golfinhos e os impediu de nadar até ao rio que alimenta o lago para se salvarem.

"Esta é outra linha de investigação e explicaria porque é que os golfinhos não abandonaram o lago. A combinação de altas temperaturas e biotoxinas pode ter causado a morte", considerou.

A equipa de biólogos coordenada por Marmontel está a trabalhar para retirar as últimas carcaças de golfinhos do lago, fazer necrópsias e enviar as amostras para laboratórios do sul do país, pelo que esperam receber os primeiros resultados até ao final da semana.

A especialista, que não se lembra de um evento dessa magnitude nos seus 30 anos de carreira na região, estimou que os animais mortos, das espécies boto-cor-de-rosa e tucuxi, representam pouco menos de 10% da população do lago.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, vinculado ao Governo Federal, teme que episódios como este se repitam durante o que resta da estação seca da Amazónia, que costuma chegar ao máximo em meados de outubro, mas que as mudanças climáticas ameaçam prolongar.

Para tentar evitar mais mortes, a equipa de biólogos do centro está a considerar a possibilidade de recolocar os golfinhos no rio Solimões, como é conhecido no Brasil este troço do rio Amazonas, mas essa solução seria complicada caso seja detetada a presença de uma substância tóxica.

"Se os golfinhos forem expostos a uma doença infecciosa gerada pelo calor, o problema seria muito mais grave", disse Marmontel.
A Semana com Lusa

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Opiniões e Feedback

David Dias
9 days

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 23 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 21 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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