sexta-feira, 18 outubro 2024

Guiné-Bissau: Advogado guineense acusa UE e ONU de passividade perante violação dos direitos humanos

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O advogado Marcelino Intupé, que representa o ex-chefe da Armada guineense Bubo Na Tchuto, acusou hoje a União Europeia (UE) e as Nações Unidas de “passividade perante a violação dos direitos humanos” no país.

Em conferência de imprensa, Intupé, que além de Bubo Na Tchuto representa mais 17 cidadãos guineenses, entre militares e civis detidos, suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro, disse não compreender o silêncio da UE e da ONU.

O advogado aponta o dedo à representante da União Europeia em Bissau, a portuguesa Sónia Neto, para questionar a justeza da sua recente condecoração pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, com a Ordem Colinas do Boé, uma das mais altas distinções da Guiné-Bissau.

“Vimos a representante [da UE] a ser condecorada com a medalha Colinas do Boé e nós lamentamos porque ela nada fez para um melhor desempenho das suas funções na Guiné-Bissau, mas infelizmente foi condecorada”, observou Intupé.

O advogado não compreende que Sónia Neto tenha sido agraciada “pelo seu trabalho imparcial” na Guiné-Bissau, conforme referiu Sissoco Embaló no ato da distinção, quando “nunca se pronunciou sobre a violação dos direitos humanos dos detidos e o desrespeito por ordens judiciais”.

“A União Europeia podia-se pronunciar sobre o não cumprimento das decisões judiciais. O não cumprimento de decisões judiciais é uma violação dos direitos humanos que é um direito universal. Qualquer país pode-se pronunciar sobre essa violação”, afirmou.

O advogado até compreende que seja um assunto interno e que deve ser tratado pelas instâncias guineenses, mas já não aceita “o silêncio da União Europeia, das Nações Unidas, da Amnistia Internacional e da Cruz Vermelha”.

“Todas estas instituições têm representantes na Guiné-Bissau e sabem o que se passa”, frisou Marcelino Intupé, que se considera triste com a situação.

O advogado lembrou que as Nações Unidas “até têm um gabinete que trata fundamentalmente dos direitos humanos” na Guiné-Bissau, mas que “nunca disse nada sobre as detenções” e ainda lamenta que a Cruz Vermelha “não queira saber da situação de saúde” dos envolvidos.

A Lusa contactou fonte da União Europeia, que afirmou que “não comenta acusações gratuitas”. A Semana com Lusa

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