quinta-feira, 21 novembro 2024

Guiné-Bissau: Advogado guineense acusa UE e ONU de passividade perante violação dos direitos humanos

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O advogado Marcelino Intupé, que representa o ex-chefe da Armada guineense Bubo Na Tchuto, acusou hoje a União Europeia (UE) e as Nações Unidas de “passividade perante a violação dos direitos humanos” no país.

Em conferência de imprensa, Intupé, que além de Bubo Na Tchuto representa mais 17 cidadãos guineenses, entre militares e civis detidos, suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro, disse não compreender o silêncio da UE e da ONU.

O advogado aponta o dedo à representante da União Europeia em Bissau, a portuguesa Sónia Neto, para questionar a justeza da sua recente condecoração pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, com a Ordem Colinas do Boé, uma das mais altas distinções da Guiné-Bissau.

“Vimos a representante [da UE] a ser condecorada com a medalha Colinas do Boé e nós lamentamos porque ela nada fez para um melhor desempenho das suas funções na Guiné-Bissau, mas infelizmente foi condecorada”, observou Intupé.

O advogado não compreende que Sónia Neto tenha sido agraciada “pelo seu trabalho imparcial” na Guiné-Bissau, conforme referiu Sissoco Embaló no ato da distinção, quando “nunca se pronunciou sobre a violação dos direitos humanos dos detidos e o desrespeito por ordens judiciais”.

“A União Europeia podia-se pronunciar sobre o não cumprimento das decisões judiciais. O não cumprimento de decisões judiciais é uma violação dos direitos humanos que é um direito universal. Qualquer país pode-se pronunciar sobre essa violação”, afirmou.

O advogado até compreende que seja um assunto interno e que deve ser tratado pelas instâncias guineenses, mas já não aceita “o silêncio da União Europeia, das Nações Unidas, da Amnistia Internacional e da Cruz Vermelha”.

“Todas estas instituições têm representantes na Guiné-Bissau e sabem o que se passa”, frisou Marcelino Intupé, que se considera triste com a situação.

O advogado lembrou que as Nações Unidas “até têm um gabinete que trata fundamentalmente dos direitos humanos” na Guiné-Bissau, mas que “nunca disse nada sobre as detenções” e ainda lamenta que a Cruz Vermelha “não queira saber da situação de saúde” dos envolvidos.

A Lusa contactou fonte da União Europeia, que afirmou que “não comenta acusações gratuitas”. A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 1 hour

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 23 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 22 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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