O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) afirmou hoje, no Mindelo, que o momento vivido na ilha, após a passagem da tempestade Erin, é de solidariedade, mas também de avaliação e ilações.

Como líder do PAICV, asseverou que vai propor algumas medidas e está pronto para ser um porta-voz da ilha junto do Governo e de outras autoridades nacionais.“É nossa responsabilidade enquanto PAICV, mas também as medidas que vamos dar voz vão fazer parte do nosso programa de governação de Cabo Verde”, completou Francisco Carvalho, que assumiu como “compromisso de honra” eliminar casas de lata em Cabo Verde.

Francisco Carvalho deixou a mensagem em conferência de imprensa na sede do partido, no Mindelo, para balanço de uma visita de dois dias a diferentes pontos de São Vicente.

A mesma fonte destacou a “grande solidariedade” da própria população sanvicentina, que disse ter constatado nos diversos bairros, mas também vinda de outros pontos do país e da diáspora cabo-verdiana.

“Este é um momento de solidariedade, de prestar todo o apoio possível, mas é um momento de avaliação, um momento de tirar ilações”, considerou o presidente do PAICV, para quem é preciso tirar lições para o futuro.

E para isso, acrescentou, é necessário criar um plano de emergência para situações de crise e programar uma intervenção a médio e longo prazo e evitar agir só no imediato.

Como líder do PAICV, asseverou que vai propor algumas medidas e está pronto para ser um porta-voz da ilha junto do Governo e de outras autoridades nacionais.

“É nossa responsabilidade enquanto PAICV, mas também as medidas que vamos dar voz vão fazer parte do nosso programa de governação de Cabo Verde”, completou Francisco Carvalho, que assumiu como “compromisso de honra” eliminar casas de lata em Cabo Verde.

No caso concreto de São Vicente, disse que vai continuar a apoiar em diversos quadrantes, mesmo depois de ter enviado já alguma ajuda repartida por diferentes instituições da sociedade civil que estão a auxiliar a população.

Questionado sobre o porquê de não ter enviado as ajudas directamente para a Câmara Municipal de São Vicente, congénere da câmara da Praia que dirige, Francisco Carvalho confirmou ter enviado duas ambulâncias e bombeiros à edilidade, mas preferiu não concentrar tudo no mesmo ponto.

Isto porque, conforme a mesma fonte, “se houver engarrafamento dos donativos, estes podem não chegar a todos”.

Por outro lado, o líder do PAICV destacou as “excelentes relações” com o presidente da edilidade sanvicentina, com quem esteve reunido na sexta-feira, 29, e discutiu formas de ajudar a ilha, tanto a nível técnico, mas também de montar processos de angariação de mais apoios a nível internacional.

A título de exemplo, Francisco Carvalho disse que a Câmara Municipal da Praia vai concorrer a um fundo internacional relacionado com mudanças climáticas e o montante que se conseguir arrecadar “será enviado totalmente para São Vicente”.

Contudo, disse acreditar que após esta primeira fase vai ser preciso fazer avaliações “não de apontar o dedo, mas no sentido de melhorar”.

A Semana com Inforpress