O Paicv disse, hoje, estar surpreendido com a notícia da existência de diligências no sentido de uma maior aproximação e, eventualmente, integração de Cabo Verde à NATO- Organização do Tratado de Atlântico Norte. Para o maior partido da oposição, o Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, deve uma explicação clara sobre o que estará a ser negociado com entidades estrangeiras em matéria de soberania sem o conhecimento dos cabo-verdianos, e sem a mínima concertação com os atores políticos nacionais.
“É de se ter em consideração também que a Constituição da República de Cabo Verde no seu artigo 11.º, número 4, fixa que 'O Estado de Cabo Verde recusa' a instalação de bases militares estrangeiras no seu território”, referiu.
O Presidente do PAICV salientou , em conferência de imprensa, que interessa saber se, de facto, se iniciou um processo de integração de Cabo Verde a um pacto militar, sem que ninguém tenha sido ouvido, sem uma discussão interna com a sociedade e com os atores políticos e sem uma informação abrangente e profunda aos cabo-verdianos.
Conforme Rui Semedo, a notícia foi dada em Portugal, pelo Primeiro-ministro desse país com o qual mantemos especiais relações de cooperação, e surge enquanto decorre a visita oficial do Primeiro-Ministro de Cabo Verde a Portugal.
Para o mesmo, essa coincidência leva a acreditar que o anúncio terá sido feito com a devida articulação e concertação entre os chefes dos executivos dos respetivos países.
Semedo acrescentou que o PAICV endereçou, hoje, uma carta ao senhor Primeiro-Ministro, manifestando a sua estranheza e solicitando informações sobre o que estará por detrás desta surpreendente notícia que faz pressupor diligências com vista a um acordo de integração na NATO, o que levanta questões fundamentais que têm a ver com a soberania do Estado de Cabo Verde.
Riu Semedo recordou que Cabo Verde é um Estado de Direito Democrático que se rege pelo primado das Leis e que tem como referência a sua Carta Magna, onde se estabelecem as balizas sobre a nossa política externa e sobre as relações com organizações e organismos internacionais.
“É de se ter em consideração também que a Constituição da República de Cabo Verde no seu artigo 11.º, número 4, fixa que 'O Estado de Cabo Verde recusa' a instalação de bases militares estrangeiras no seu território”, referiu.
Preocupado com estes últimos desenvolvimentos, o PAICV espera que a situação seja devida e cabalmente esclarecida para a tranquilidade dos cabo-verdianos, sempre ciosos dos valores da soberania, da paz, da boa vizinhança, da estabilidade e da amizade entre os povos.
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments