O máximo representante da institutuição petrolífera mundial e também ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, que este ano ocupa a presidência rotativa da OPEP, acaba de ser alvo de sanções por parte do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Acusado de vínculos com o “sistema corrupto” do presidente Nicolás Maduro, o general Quevedo não só deixa de ter acesso a todo e qualquer ativo que possua nos Estados Unidos como também está proibido de fazer acordos com cidadãos estado-unidenses.
Analistas contudo mostram que estas novas sanções contra o presidente da petrolífera venezuelana, PDVSA, não afetarão o seu papel como presidente da OPEP, já que nesta é o secretário-geral quem dá as cartas.
Todos os ovos num só cesto
A Venezuela é, segundo registos de há dois, três anos, detentora da maior reserva mundial de petróleo, que, com derivados incluidos, constitui cerca de 93 por cento dos $63 biliões em exportações da Venezuela (antes da atual crise).
A aposta necessária na diversificação económica para impulsionar o desenvolvimento do país ao longo destes últimos cem anos tem sido perdida, dizem analistas. Se nos anos de 1920, a Venezuela tinha na produção agrícola um terço do seu PIB, hoje esses produtos contam pouco mais de 5 por cento no PIB e menos de um por cento nas exportações.
A identidade do país como produtor petrolífero foi até à sucessão de Chávez uma marca valiosa, mas a maré passou com o surgimento de novas reservas petrolíferas nos Estados Unidos, Canadá e Iraque, e a baixa de preços no mercado global saturado.
Fontes: Wall Street Journal/Financial Times/ Bloomberg. Fotos Reuters e site presidencial Miraflores
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