sábado, 23 agosto 2025

E ECONOMIA

EUA e Venezuela em 'pé de guerra' (até ONU fez apelo)

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Atensão entre a Venezuela e os Estados Unidos entrou num novo capítulo, na quinta-feira, após a imprensa norte-americana ter avançado que Washington enviou navios lança-mísseis para as águas ao largo do país da América do Sul. Caracas já se pronunciou e alertou: "Não ousem meter a mão aqui".

Segundo adiantou uma fonte não identificada à agência de notícias France-Presse (AFP), os navios foram lançados com o objetivo de combater o tráfico de droga. Já a imprensa norte-americana avançou que a administração Trump pretende também enviar quatro mil fuzileiros navais para a região das Caraíbas, perto da costa venezuelana. 

Além disso, o envio de navios e tropas surge numa altura em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica a pressão sobre o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, duplicando no início de agosto para 50 milhões de dólares uma recompensa oferecida por qualquer informação que permita prendê-lo por tráfico de drogas.

Isto porque Washington, que não reconhece a vitória, amplamente contestada, interna e externamente, de Nicolás Maduro nas últimas eleições presidenciais na Venezuela, acusa o chefe de Estado venezuelano de estar envolvido numa rede de "narcotráfico" internacional.

 

"Eu digo aos Estados Unidos para não ousarem meter a mão aqui na Venezuela"

Numa primeira resposta ao envio de navios com quatro mil soldados para águas caribenhas, a Venezuela ameaçou deter os estrangeiros que entrem no país sem autorização e frisou que é o país do continente europeu com mais vitórias no combate ao tráfico de droga.

O responsável convocou ainda os venezuelanos a defenderem a soberania do país, a promover a união de todos os setores e a dizerem aos Estados Unidos que respeitem a Venezuela e que a deixem em paz.

Também o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, apelou à milícia, aos reservistas e a "todo o povo" a uma mobilização neste fim de semana para enfrentar as "ameaças" dos Estados Unidos.

"Considero necessário e oportuno que no sábado e no domingo tenhamos um grande dia de mobilização (...) para dizer ao imperialismo: Chega de ameaças! A Venezuela rejeita-vos, a Venezuela quer a paz!", declarou Maduro durante uma cerimónia de condecoração de milicianos.

O ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, por sua vez, advertiu os Estados Unidos para que não ousem a atacar o país, porque os venezuelanos estão preparados para defender a pátria, assim como enfrentarão a reação da América Latina.

"Eu digo aos Estados Unidos para não ousarem meter a mão aqui na Venezuela. Digo isso em nome da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), que sente isso nos corações e nas almas, para que não ousem, que não seremos apenas as Forças Armadas", disse num vídeo divulgado nas redes sociais Vladimir Padrino López.

O ministro explicou que os venezuelanos "são um povo unido, com identidade nacional, que quer e ama a paz, que quer e ama a pátria".

"Não ponham um pé em território venezuelano nem agridam a nossa soberania, porque não seria apenas [contra] a Venezuela, seria uma agressão contra toda a América Latina", acrescentou.

 

ONU pede que EUA e Venezuela "resolvam as suas diferenças por meios pacíficos"

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela já fez com o que o secretário-geral da ONU, António Guterres, viesse pedir aos dois países que "resolvam as suas diferenças por meios pacíficos".

Na conferência de imprensa diária, a porta-voz adjunta de António Guterres, Daniela Gross, afirmou que o secretário-geral está "a acompanhar de perto" os últimos acontecimentos entre os dois governos.

Guterres, disse a porta-voz, "insta ambos os Governos a diminuir as tensões e a exercer moderação".

 

Maduro líder de "cartel narcoterrorista" e "ameaça à segurança nacional"

Na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou mesmo o governo venezuelano como um "cartel narcoterrorista" e Nicolás Maduro como o "líder fugitivo desse cartel".

Também a procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi, afirmou que Maduro "é hoje um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional" de Washington, participando no narcotráfico diretamente e através de "cartéis assassinos sediados na Venezuela e no México".

 

A Semana com Notícias ao Minuto

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