Francisco Carvalho foi eleito à primeira volta como presidente do PAICV, com 61,17% dos votos, e assegurou 218 dos 316 delegados eleitos para o 18.º congresso do partido, previsto para nos dias 27, 28 e 29 de Junho.
No total, foram eleitos 316 delegados ao congresso, tendo Francisco Carvalho eleito a maioria, 218, Nuías Silva 92, Francisco Pereira cinco e Jorge Spencer Lima um delegado.
Os dados definitivos foram apresentados esta terça-feira, em conferência de imprensa, pelo presidente da Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização (CNJF) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Clóvis Silva (foto inteiro na peça), que deu conta dos resultados finais das eleições directas do realizadas a 25 de Maio.
Segundo Clóvis Silva, nas 266 mesas de voto abertas no país e na diáspora participaram quatro candidatos com Francisco Carvalho a obter 7.797 votos (61,17%), seguido de Nuías Silva com 4.324 votos (33,92%), Francisco Pereira com 311 votos (2,44%) e Jorge Spencer Lima, com 132 votos (1,04%).
No total, foram eleitos 316 delegados ao congresso, tendo Francisco Carvalho eleito a maioria, 218, Nuías Silva 92, Francisco Pereira cinco e Jorge Spencer Lima um delegado.
Houve algumas situações relevantes que foram consideradas na sequência de protestos e reclamações apresentados pelas candidaturas, as quais conduziram à anulação de determinados actos eleitorais.
Em causa estiveram assembleias de voto como as realizadas na Suíça, nos Países Baixos e na mesa 02 de Achada Além, no concelho de Santa Catarina de Santiago.
Os resultados finais agora apresentados já incorporam essas decisões, que se basearam em irregularidades detectadas no decurso do processo eleitoral.
No que respeita à eleição de delegados, o candidato Nuías Silva elegeu 94, mas apenas 92 mandados foram efetivamente atribuídos, porque, nas regiões da ilha Brava e de Angola não foram admitidas candidaturas suficientes para preencher os lugares disponíveis, impossibilitando o preenchimento integral dos mandatos.
Assim, dos 318 delegados inicialmente indicados pelo Conselho Nacional, 316 foram oficialmente eleitos e encontram-se em condições de participar no 18.º Congresso do PAICV, agendado para os dias 27, 28 e 29 de Junho.
No caso específico dos Países Baixos, a assembleia de voto foi anulada devido ao incumprimento de uma deliberação da Comissão Nacional de Jurisdição, que estabelecia que não seriam aceitos votos por procuração nestas eleições.
Apesar desta orientação, esses votos foram permitidos, o que levou à anulação dos resultados da referida assembleia.
“Não obstante essa orientação, o resultado correspondeu a 19% do total dos votos expressos naquela assembleia de voto e fica assim sem qualquer delegado eleito para o Congresso”, apontou.
Na Suíça, registaram-se várias proclamações no decurso do processo eleitoral, contudo, a acta final da assembleia de voto não foi assinada por todos os delegados presentes.
Em Achada Além, no município de Santa Catarina de Santiago, a mesa de voto também foi anulada e a decisão teve por base o facto de vários militantes terem exercido o direito de voto sem apresentarem o respectivo cartão de militante e sem constarem nos cadernos eleitorais.
Os dados finais foram divulgados terça-feira e qualquer candidatura que pretenda impugnar o processo dispõe de um prazo de cinco dias, a contar da presente data, para apresentar recurso junto do Tribunal Constitucional.
Caso tal recurso venha a ser interposto, o Tribunal dispõe de um período de 20 dias para se pronunciar sobre o mesmo, o que poderá implicar o adiamento do congresso, caso a decisão judicial assim o determine.
A Semana com Inforpress
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