Um relatório das Nações Unidas, divulgado esta terça-feira, 02, destacou o potencial de Cabo Verde para expandir exportações via economia azul sustentável, mas alerta para os desafios de equilibrar crescimento económico e protecção ambiental perante vulnerabilidades climáticas e estruturais.
Cabo Verde já foi reconhecido pelos seus avanços na energia solar e incentivado a realizar um estudo de viabilidade para a produção de hidrogénio verde.Outra possibilidade apresentada é a exportação de água dessalinizada para países africanos que enfrentam escassez hídrica.
O documento que a Inforpress teve acesso, recomendou intervenções políticas estratégicas que reforcem o Ecossistema Empreendedor da Economia Azul, aumentem a resiliência nacional e aproveitem as oportunidades de integração regional no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana.
A análise aponta que o arquipélago dispõe de uma economia oceânica ainda largamente inexplorada, sobretudo em sectores de alto valor acrescentado, como os serviços marítimos, logística e transporte, que podem sustentar a criação de um centro regional para o comércio marítimo.
O estudo identifica também oportunidades para diversificar a economia através da produção e exportação de energias renováveis, recorrendo aos abundantes recursos solares e eólicos do país.
Cabo Verde já foi reconhecido pelos seus avanços na energia solar e incentivado a realizar um estudo de viabilidade para a produção de hidrogénio verde.
Outra possibilidade apresentada é a exportação de água dessalinizada para países africanos que enfrentam escassez hídrica.
Apesar destas perspectivas, o relatório da Unctad alerta para os desafios estruturais de Cabo Verde, incluindo o ecossistema insular frágil, os riscos crescentes das alterações climáticas, o reduzido mercado interno e o persistente déficit comercial.
O país continua dependente da economia do turismo e da pesca, sobretudo do atum, enquanto enfrenta adversidades ligadas às cadeias globais de abastecimento ainda afectadas pela pandemia, bem como os impactos da guerra na Ucrânia, dos conflitos no Médio Oriente e das tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China.
Segundo o estudo, as pequenas e médias empresas cabo-verdianas são essenciais para a diversificação das exportações e para o fortalecimento da integração comercial no continente africano.
A Unctad defende investimentos responsáveis nos recursos marinhos, conciliando a proteção ambiental com uma maior abertura ao comércio regional.
A Semana com Inforpress
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