sábado, 17 maio 2025

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"Acredito que com o técnico Baciro Candé podemos chegar ao Mundial 2022", diz internacional bissau-guineense Toni Silva na CAN’19

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A jogar hoje pelo egípcio Al Ittihad, o ex-SLB e Liverpool, Toni Silva está a participar pela segunda vez na CAN. Na entrevista à BBC, o otimismo que revela em relação à seleção nacional bissau-guineense difere da atitude do jogador em relação à sua própria continuação no futebol.

O ex-jogador benfiquista e do Liverpool é um homem esperançoso no seu país-natal, Guiné-Bissau, que joga na terça-feira, 25, contra Marrocos no maior campeonato africano, a decorrer no Egipto desde sexta-feira, 21 e até ao dia 23. Toni sonha com o mundial de 2022, porque muitos jogadores internacionais integraram agora a seleção nacional, os ‘Djurtus’, como disse o jogador de 25 anos ao jornalista da secção desportiva da BBC, este domingo, 23.

O otimismo que o jogador revela sobre a seleção nacional bissau-guineense contrasta com a sua atitude em relação à sua própria continuação no futebol. 


Toni Silva questiona o seu futuro incerto no futebol, mas a sua prioridade imediata, segundo revelou à BBC, é o jogo na seleção da Guiné-Bissau. E se há dois anos os Djurtus foram eliminados de entrada (na foto, Toni defronta o gabonês Bruno Ecuele Manga, na CAN’17), este ano vai ser diferente. Isto afirma-o Toni que confia em que o novo formato de 24 equipas vai permitir à seleção bissau-guineense avançar mais.

"É uma sensação enorme para um país pequeníssimo como a Guiné-Bissau – que só tem um milhão e meio de habitantes – esta qualificação para a CAN, a segunda sem interrupção", congratulou-se.

"O futebol significa muito para os guineense e quando temos jogos da seleção na Guiné-Bissau, o estádio está cheio já sete horas antes de começar o jogo; os adeptos estão lá à nossa espera esse tempo todo. Acho que isso não acontece em mais nenhum lugar do mundo!".

Em 2017 "fomos mais pela experiência de saber como é que jogar no campeonato de África. Desta vez, temos a ambição de ultrapassar a primeira etapa e avançar mais além".

"Há muitas seleções nacionais que são muito fortes e isso sabemos porque defrontámos os Leões Indomáveis [da R. Camarões] e aprendemos que ali temos de suar muito e não descansar um segundo. Temos de estar sempre focados e jogar no duro”, disse Toni.

"Se desta vez marcarmos primeiro contra os Camarões, tenho a certeza de que a nossa história vai ser diferente. E vamos estar preparados para os outros jogos [do Grupo F] contra o Gana e o Benim — que são jogos muito duros”.

Toni confia num bom resultado na CAN, também porque "temos caras novas e alguns que jogam na Europa e decidiram desta vez jogar na seleção da Guiné-Bissau”, contribuindo para “nos tornar mais fortes e imprimir maior qualidade à equipa”.

’Dizem que o selecionador está a sonhar alto demais … eu acredito nele’

 

O selecionador é Baciro Cande, e o facto de ser também Bissau-guineense torna ainda "mais doces" os sucessos, como confessa Toni Silva.

"Baciro Cande é um tipo muito competitivo e já fez história na Guiné-Bissau", pelo que a sua afirmação de que a Guiné antevê já a Copa 2022 é palavra consagrada para Toni Silva.

"Houve gente a dizer foi pura sorte a nossa primeira qualificação e ele disse que ia mostrar-lhes que não era sorte, não. Muitos riram-se dele e aqui está a prova de que ele estava certo”, afirma Toni.

O segredo está "na relação excelente que ele mantém com os jogadores. Ele faz-nos felizes, ele é uma parte importante da história de cada um de nós".

«Agora ele fala sobre o seu sonho para 2022 e todos estão de novo a rir-se dele. Acham que ele está a querer ir longe demais, mas no futebol há sempre surpresas. Eu, acredito nele e digo’ Vamos esperar para ver’»

Carreira incerta por má escolha dos seus agentes

O futuro incerto do futebolista tem uma causa: a má escolha dos seus agentes. Como ele explicou, está numa fase da sua carreira incompatível com o que há dez anos lhe prometia o seu começo brilhante aos 15 anos.

Após a formação e a iniciação nos juvenis do Benfica e, depois, do Chelsea, Toni esteve dos quinze aos dezoito anos no Liverpool e muitos o consideravam ainda mais talentoso que o atacante Raheem Sterling (este, o Golden Boy de 2014, dois anos antes do troféu para juvenis (sub-19) distinguir o luso-caboverdiano Renato Sanches).

Os técnicos do Liverpool, como o o jogador da seleção inglesa Sterling testemunhou em 2018 estando já no Manchester City, “costumavam dizer-me: ’Em vez de estares a massacrar a bola, faz como o Toni e passa-a para o guarda-redes".

Sete anos, oito clubes, séries de agentes

Depois do Liverpool, Toni conta já oito clubes em sete anos – desde os primodivisionários Dagenham e Redbridge até à segunda-divisão turca no clube Şanlıurfa SK.

Uma série de agentes passava-o de mão em mão, recordou Toni na entrevista à BBC. Confessou que se sentia descartado pelo ‘sistema’ e a lutar para conseguir manter-se nesse mundo do futebol, procurou Paul Pogba então a jogar no Juventus.

"O Paul Pogba tentou pôr-me em contacto com um agente melhor e alguns clubes. Mas não deu nada, porque eu nunca tinha tido alguém para me orientar”, confessou o jogador ao jornalista da secção desportiva da BBC.

"Os agentes só estavam comigo para tirarem proveito e tive uns contratos terríveis porque os agentes só queriam ir atrás do dinheiro que podiam ganhar sem se preocuparem com a minha carreira”.

"Continuo a tentar dar o máximo no futebol e ganhar para sustentar a minha família. Mas não sei até quando vou conseguir aguentar”.

"Queria muito jogar na Inglaterra outra vez e é isso que me ajuda a aguentar.Tenho a certeza de que só continuo a jogar por aquilo que o futebol inglês me ensinou, ou seja, resistir, ser forte e lutar. Tento sempre lembrar isso", rematou.

Fontes: A referida/Arquivos. 


Relacionado: Egipto: Começou CAN 2019 que está de volta à pioneira terra dos faraós na 32ª edição , 22.jun.2019. LS

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