As provas de atletismo marcaram o dia, que também ficou “manchado” pela confirmação de um caso de gripe A (H1N1) na comitiva brasileira. Ao todo, o Brasil conquistou nesta modalidade 21 medalhas (sete de cada categoria), enquanto Portugal arrecadou 17 (seis de ouro, o mesmo número de prata e cinco de bronze).

Como seria de esperar, os favoritos venceram as respectivas provas, à excepção de Rui Silva, que ficou no segundo lugar nos 800 metros. De resto, Naide Gomes (salto em cumprimento), Nelson Évora (triplo salto), Francis Obikwelu (100 metros), Marco Fortes (lançamento do peso), Jéssica Augusto (1 500 metros) e Manuel Damião (5000 metros) arrecadaram as medalhas de ouro para Portugal, com as marcas de, respectivamente, 6,74 metros, 17,15 metros, 10,18 segundos, 19,74 metros, 4.15,86 minutos e 14.34,69 minutos.

Ainda no atletismo, cujas provas se realizaram no Estádio Universitário, em Lisboa, e prosseguem nesta segunda-feira, 13, com destaque para as prestações das portuguesas Sónia Tavares e Carla Tavares, que conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente, nos 100 metros. A brasileira Lucimar Moura venceu a prova com o tempo de 11,30 segundos, menos nove milésimos que Sónia Tavares e 22 que Carla Tavares.

As restantes medalhas de prata foram entregues a Rui Silva, que completou os 800 metros em 1.49,03 minutos, Mónica Lopes (13,66 segundos nos 100 metros barreiras), Eduardo Mbengani (14.35,76 minutos nos 5000 metros), Luís Sá (14,22 nos 110 metros barreiras) e João Ferreira (47 segundos nos 400 metros). Além de Carla Tavares (100 metros), outros quatro atletas portugueses arrecadaram o bronze: Marcos Caldeira, que com a marca de 16,41 metros no triplo salto bateu o seu recorde pessoal, Marisa Anselmo (1,74 metros no salto em altura), Renato Silva (1.49,68 minutos nos 500 metros) e Rasul Dabo (14,35 segundos nos 110 metros barreiras).

No Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, realizaram-se as provas singulares de ténis de mesa (e hoje, segunda-feira, acontecem as provas por equipas). No final, o balanço foi positivo para Portugal, que conquistou mais três medalhas. André Silva arrecadou a de ouro, ao bater na final o compatriota Nuno Henrique por 4-3 (11-5, 11-5, 7-11, 13-11, 7-11, 12-14 e 11-8), que recebeu a de prata, e Ana Neves, que ficou no terceiro lugar na prova feminina, batendo a brasileira Lívia Mizobuchi. O ouro e a prata ficaram na posse das brasileiras Lígia Silva e Mariany Nonaka, respectivamente. Nos homens, a medalha de bronze foi conquistada pelo macaense Kin Leong.

Brilhante foi também a campanha de Portugal no voleibol, visto que as selecções masculinas e femininas conquistaram a medalha de ouro, batendo na final a selecção de Macau. No Pavilhão do Complexo Desportivo Municipal do Casal Vistoso, em Lisboa, Portugal “despachou” Macau em três “sets”: nos homens venceu pelos parciais de 25-18, 25-20 e 25-14 e no sector feminino ganhou por 25/16, 25/12 e 25/10. Cabo Verde e Índia conquistaram a medalhas de Bronze nas categorias masculinas e femininas, respectivamente.

Gripe A controlada nos Jogos da Lusofonia

O domingo também ficou marcado pela notícia - veiculada pela Comissão Organizadora da competição - que confirmou o internamento do atleta brasileiro Eric Mancini, infectado com gripe A (H1N1). O jovem jogador de ténis de mesa, de 20 anos, está bem e deve ter alta em breve do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde está internado.

De acordo com a ministra da saúde portuguesa, todas as pessoas que mantiveram contacto com o atleta brasileiro “não apresentam sintomas” do vírus e estão a ser medicadas. Ana Jorge referiu que não foi necessário afastar a equipa brasileira da competição e que os restantes atletas “estão a fazer a prevenção, pelo que não vão desenvolver a doença”. “Não temos mais indicações de que outra equipa tenha problemas de saúde compatíveis com a gripe A”, explicou