Cabo Verde despediu-se hoje da Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol, falhando a inédita presença na meias-finais, ao perder diante da África do Sul, por 2-1, no desempate por grandes penalidades, após ‘nulo’ no tempo regulamentar.
O guarda-redes Ronwen Williams foi a figura do jogo e o ‘carrasco’ de Cabo Verde, ao segurar África do Sul ao jogo no tempo regulamentar e no prolongamento, com defesas decisivas, assumindo, depois, o papel de herói, ao defender quatro penáltis.
Os ‘tubarões azuis’ procuravam fazer história na Costa do Marfim, superando os quartos de final de 2013, e até mostraram melhores argumentos do que a África do Sul ao longo dos 120 minutos, mas falharam na concretização e esbarraram num inspirado guarda-redes.
Cabo Verde, que tinha sido mais forte do que os favoritos Egito e Gana na fase de grupos, entrou melhor e começou por ter mais bola, mas pertenceu aos ‘bafana bafana’ o primeiro remate, aos 10 minutos, por Mokoena.
Este lance foi parado nas mãos de Vozinha, mas desinibiu a equipa de África do Sul, que conseguiu equilibrar e, mesmo sem grandes riscos de parte a parte, Mokoena dispôs de um livre potencialmente perigoso, aos 29, mas acertou na barreira e desaproveitou depois a recarga.
A reação de Cabo Verde foi mais evidente nos últimos 10 minutos da primeira parte, a partir de trocas de bola e jogadas de envolvimento, sobretudo pela direita, e em dois momentos a bola rondou com perigo a baliza sul-africana.
Os sinais positivos da formação de Bubista prosseguiram após o intervalo, mas Garry Rodrigues, aos 56 minutos, foi melhor na desmarcação pela esquerda do que no remate (fraco e torto).
Os ‘tubarões’ mostravam os ‘dentes’ e começaram a acercar-se mais da baliza defendida por Ronwen Williams, que, aos 78 minutos, foi quase batido.
Num lance iniciado por Bebé, entrado pouco tempo antes, Kénny Rocha ganhou posição frontal na área da África do Sul, mas rematou contra a perna de um opositor, e, na insistência, Jovane atirou por cima.
Cabo Verde tinha cada vez mais bola no meio campo contrário, capitalizando a sua melhor qualidade de jogo, e já nos descontos do tempo regulamentar, aos 90+2, Benchimol ficou perto de fazer história.
O jovem avançado do Benfica B recebeu a bola nas costas dos centrais e, à entrada da área, ‘disparou’ de pé direito, mas Ronwen Williams desviou a bola para o ‘ferro’, agarrando África do Sul ao sonho de regressar às meias-finais da prova 24 anos depois.
O prolongamento começou com Vozinha a vestir a capa de herói, ao negar duas vezes o golo aos sul-africanos, com enormes defesas ao remate de Mayambela (antigo jogador do Farense) e, na sequência, ao cabeceamento de Makgopa, aos 92 minutos.
Os dois guarda-redes mostravam melhores argumentos do que os avançados, uma ideia que voltava a encaixar em Benchimol, forte na desmarcação e receção, aos 95 e 99 minutos, mas fraco, depois, na pontaria.
Na decisão por penáltis, Vozinha ainda parou um remate, mas Ronwen Williams defendeu quatro e decidiu a eliminatória, pondo fim ao sonho de Cabo Verde.
A Semana com Lusa
03 Fevereiro 2024
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