A vice-presidente Kamala Harris surgiu como favorita na última pesquisa do USA Today/Universidade de Suffolk, marcando uma mudança significativa na corrida presidencial de 2024.

A pesquisa, a primeira realizada pelo grupo desde a Convenção Nacional Democrata, revela que Harris agora tem uma vantagem de cinco pontos sobre o ex-presidente Donald Trump em um confronto nacional.

Os resultados ressaltam o crescente apelo de Harris entre os principais grupos demográficos de eleitores, incluindo mulheres, minorias e eleitores suburbanos, consolidando sua posição como uma forte concorrente na próxima eleição.

A pesquisa, divulgada na quinta-feira, destaca o sucesso de Harris em expandir sua base, principalmente em estados indecisos, onde a disputa deverá ser acirrada.

De acordo com os dados, Harris ganhou terreno entre os eleitores independentes, um grupo crucial que pode determinar o resultado da eleição.

Sua liderança é mais pronunciada entre as mulheres, onde ela desfruta de uma vantagem de 12 pontos, e entre os eleitores das minorias, que a favorecem por uma margem de 15 pontos.

Trump é criticado por visita ao cemitério de Arlington, vídeo de campanha gera indignação

Enquanto Harris ganha força nas pesquisas, o ex-presidente Donald Trump enfrenta uma onda de críticas após uma visita polêmica ao Cemitério Nacional de Arlington.

Durante a visita, a equipe de campanha de Trump filmou um vídeo do TikTok ao redor dos túmulos de soldados americanos mortos, uma atitude que atraiu duras críticas de grupos de veteranos e das famílias dos enterrados no cemitério.

O vídeo, que tinha como objetivo homenagear os militares, foi amplamente condenado por ser desrespeitoso e explorador.

Críticos acusaram a campanha de Trump de usar o cenário solene para ganhos políticos, com muitos chamando o vídeo de “surdo” e “insensível”.

A reação negativa ocorre em um momento em que Trump já está sob escrutínio por sua forma de lidar com assuntos militares durante sua presidência, incluindo seus comentários controversos sobre líderes e veteranos militares.

A visita a Arlington também desencadeou uma controvérsia separada envolvendo o companheiro de chapa de Trump, o senador de Ohio JD Vance. Vance, que tem sido um defensor vocal da candidatura de Trump, ganhou as manchetes esta semana após declarar que Kamala Harris deveria “ir para o inferno” por seu papel na retirada caótica dos EUA do Afeganistão em 2021.

O comentário, feito durante uma parada de campanha na Pensilvânia, foi criticado por oponentes políticos e alguns membros da comunidade militar como inapropriado e inflamatório.

Vance nega envolvimento em altercação no cemitério em meio a tensões crescentes

Para aumentar a controvérsia, Vance negou as acusações de que um membro da campanha Trump-Vance abusou verbalmente e empurrou um funcionário do cemitério durante uma cerimônia de deposição de coroas de flores em homenagem a 13 militares dos EUA que morreram em um atentado suicida no Afeganistão em 2021.

O incidente teria ocorrido na segunda-feira, mesmo dia da visita de Trump a Arlington.

Segundo relatos, o funcionário do cemitério tentou intervir quando o membro da campanha começou a filmar perto do túmulo, o que levou a uma discussão acalorada.

A campanha de Trump rejeitou as alegações como “fabricadas”, mas o incidente alimentou ainda mais as tensões entre a campanha e os críticos que a acusam de desrespeitar os militares.

Apesar das controvérsias, a campanha Trump-Vance continua avançando com sua estratégia, concentrando-se nos principais estados-chave em um esforço para recuperar o terreno perdido para a chapa Harris-Walz.

A campanha enfatizou questões como economia, imigração e segurança nacional, ao mesmo tempo em que tenta minimizar as consequências dos eventos recentes.

A Semana com Invezz-pt