O vice-primeiro-ministro cabo-verdiano e ministro das Finanças apelou esta terça-feira, 09, ao Banco Mundial para se reformar, tornando-se mais ágil e canalizar mais recursos para os Pequenos Estados Insulares, com impacto direto na vida de jovens e mulheres.
“Nós queremos que o Banco Mundial se reforme para ser mais ágil, mais rápido, colocando mais recursos aos pequenos Estados insulares”, afirmou, segundo o Observador que cita Lusa, Olavo Correia, à margem de uma visita de diretores executivos do conselho de administração do Banco Mundial ao Presidente da República, José Maria Neves.
O vice-primeiro-ministro adiantou que este ano será analisada a estratégia do Banco Mundial para os pequenos estados insulares, de forma a levar em conta especificidades e vulnerabilidades, colocando mais recursos e promovendo “uma agenda mais transformadora, com velocidade, escala e impacto”.
“Impacto significa mudar a vida das pessoas, sobretudo dos jovens e das mulheres, e fazer com que possam viver melhor com as intervenções do Banco Mundial e do Governo de Cabo Verde”, acrescentou.
Olavo Correia sublinhou a necessidade de Cabo Verde continuar a missão com o Banco Mundial para reformar a economia azul, digital e verde, bem como reforçar capital humano e a governação, entre outros setores.
Segundo a mesma fonte, o governante destacou ainda que a visita dos responsáveis do Banco Mundial a Cabo Verde “representa a confiança no país, tendo em conta o nível de desenvolvimento atingido, o estatuto de rendimento médio-alto, a capacidade de execução de projetos e a ambição nacional”.
“De notar que o portfólio do Banco Mundial em Cabo Verde é de 400 milhões de dólares (cerca de 341 milhões de euros), quadruplicando desde 2016, e tem tido impacto real na vida dos cabo-verdianos”, referiu.
O porta-voz da delegação e diretor executivo do Banco Mundial para o Brasil, Marcos Chiliatto, destacou o desempenho de Cabo Verde na execução de projetos e manifestou a vontade da instituição em continuar a colaborar com o país para manter o ritmo de execução.
A visita, que decorreu desde sexta-feira em várias ilhas, visa preparar um documento estratégico.
“A primeira fase é de diagnóstico: compreender os desafios de desenvolvimento e, a partir daí, a administração do Banco, em diálogo com o Governo, identifica os setores prioritários”, explicou Marcos Chiliatto.
Durante a missão, o Banco Mundial anunciou apoio de 8,5 milhões de euros para a requalificação do pontão de Santa Maria, na ilha do Sal, um dos cenários emblemáticos do turismo cabo-verdiano, previsto para estar renovado no início de 2027, após ter sido parcialmente destruído por uma tempestade em outubro de 2024.
Dias antes da missão, a instituição, prossegue a fonte deste jornal, já tinha anunciado apoio de emergência, também de 8,5 milhões de euros, face às cheias de 11 de agosto, que provocaram oito mortos e destruição generalizada na ilha de São Vicente.
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