O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, considerou esta terca-feira que o PAICV está a “aproveitar-se da dor alheia” para fazer política e quando não se fez presente na hora de ajudar.
“Nunca fugirei às minhas responsabilidades. Estou, como sempre estive, ao lado da população de São Vicente, liderando com determinação a resposta aos estragos causados pela intempérie”, justificou Augusto Neves.
O autarca reagia, numa publicação na sua página oficial de Facebook, a declarações do presidente da Comissão Política Regional (CPR) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) em São Vicente, Adilson Graça Jesus, que pediu a demissão de Augusto Neves.
Adilson Graça Jesus considerou ser ele o “responsável político pelos estragos e mortes causadas pelas chuvas” na ilha, na sequência da recente tempestade.
“É de gravíssima vergonha que, aproveitando-se da tragédia das chuvas de 11 de Agosto e da passagem da tempestade Erin, alguns tentem fazer política com a dor alheia”, respondeu Augusto Neves.
Segundo a mesma fonte, enquanto milhares de famílias sofriam, enquanto trabalhadores da Câmara Municipal de São Vicente, parceiros institucionais e a sociedade civil uniam forças para salvar vidas, limpar ruas, reabrir vias e apoiar os desalojados, “muitos que hoje apenas criticam nas redes sociais não se fizeram presentes para ajudar”.
“Nunca fugirei às minhas responsabilidades. Estou, como sempre estive, ao lado da população de São Vicente, liderando com determinação a resposta aos estragos causados pela intempérie”, justificou Augusto Neves.
O autarca assegurou que tem “trabalhado dia e noite” para devolver normalidade à ilha, com intervenções no saneamento, desobstrução de ribeiras e esgotos, obras emergenciais, apoio às famílias afectadas, através da Loja Social e acções de solidariedade, que “têm sido exemplo para todo o país”.
A sua prioridade, enquanto presidente da Câmara Municipal de São Vicente, continua a ser, acrescentou, a recuperação da ilha e a segurança da população.
Por outro lado, enfatizou que a edilidade estará sempre aberta a todas as pessoas e entidades que queiram, de “forma séria e responsável”, contribuir para que São Vicente volte à normalidade.
“Seguiremos firmes, com coragem, responsabilidade e transparência, honrando a confiança que o povo sanvicentino depositou em nós”, concretizou Augusto Neves.
A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas e vários desalojados.
Na sequência, o Governo decretou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.
Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.
A Semana com Inforpress
Terms & Conditions
Report
My comments