Os advogados da coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva - Terra Ranka afirmam que está em curso um plano para impedir a participação do seu líder nas eleições presidenciais de Novembro próximo na Guiné-Bissau. Também denunciam alegadas irregularidades no processo eleitoral. Segundo alertam alguns guineenses, é a manobra do regime ditatorial do presidente Umaro Sissoco Embaló que prossegue no país face ao silêncio cúmplice da comunídade internacional, nomeadamente por parte da Comunidade dos Estados da Língua Portuguesa (CPLP) e da CEDEAO - Comunidade dos Estados da África Ocidental.
A coligação chama a atenção da comunidade internacional, nomeadamente da CEDEAO, para acompanhar de perto o processo eleitoral na Guiné-Bissau.
Em conferência de imprensa reportada pela RFI, promovida por um colectivo de advogados, a Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) denuncia uma série de irregularidades no processo eleitoral. Segundo a coligação dirigida por Domingos Simões Pereira, existe um esquema em curso visando fraudar as próximas eleições legislativas e presidenciais de 23 de Novembro.
Por exemplo, a PAI Terra Ranka aponta para o processo de mudanças dos presidentes das Comissões Regionais de Eleições. Um processo que diz não ser transparente. A coligação considera que os presidentes das Comissões Regionais de Eleições estão fora do prazo dos respectivos mandatos, mas também afirma que o próprio secretariado da Comissão Nacional de Eleições está fora do prazo. Para a PAI Terra Ranka, qualquer mudança a nível da CNE deveria ser feita no secretariado executivo.
Segundo a fonte referida, a coligação chama a atenção da comunidade internacional, nomeadamente da CEDEAO, para acompanhar de perto o processo eleitoral na Guiné-Bissau.
Os advogados da coligação aproveitaram para abordar o caso relacionado com Domingos Simões Pereira, que o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, admite convocar nos próximos tempos para ser julgado num processo ligado a alegada corrupção. Os advogados não entendem como é que um processo judicial que foi arquivado contra o principal arguido, o ex-ministro das Finanças, Geraldo Martins, poderá ser novamente aberto.
Os advogados dizem, prossegue RFI, que se trata de um processo com sete vidas, como as de um gato, e que tudo tem a ver com o aproximar do processo eleitoral.
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