O Hospital Universitário Agostinho Neto e o Instituto Português de Oncologia do Porto reforçam a cooperação na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em Cabo Verde, através da implementação de medidas preventivas, da capacitação de profissionais e do fortalecimento das bases assistenciais.
“Por esse motivo, estamos a ajudar no desenvolvimento de uma unidade de Oncologia com Quimioterapia em São Vicente. É necessário integrar os cuidados de todas as ilhas e criar equipas de grande saber e conhecimento técnico e profissional para que, em conjunto, possam responder às necessidades de cada uma das ilhas” afirmou.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o cancro é a segunda causa de morte em Cabo Verde, com 442 novos casos e 352 óbitos registados em 2022. Sendo que os mais comuns no país são o cancro da próstata, da mama e do colo do útero. Cabo Verde tem vindo a intensificar os esforços de prevenção e rastreio. E, agora, o Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia, e o Instituto Português de Oncologia do Porto, em Portugal, assinaram um memorando de entendimento para reforçar a cooperação na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em Cabo Verde.
O presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Lúcio Lara Santos, disse que o objectivo é apostar na formação dos recursos humanos e aproximar os cuidados oncológicos das outras ilhas, já que Santiago tem uma unidade de quimioterapia.
“Por esse motivo, estamos a ajudar no desenvolvimento de uma unidade de Oncologia com Quimioterapia em São Vicente. É necessário integrar os cuidados de todas as ilhas e criar equipas de grande saber e conhecimento técnico e profissional para que, em conjunto, possam responder às necessidades de cada uma das ilhas” afirmou.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do Hospital Universitário Agostinho Neto, Evandro Monteirom disse que em Cabo Verde se faz o diagnóstico de cancro e existem cuidados, mas é necessário fazer mais e melhor.
“Queremos diagnosticar mais cedo, informar melhor, reforçar a literacia em saúde para que, de facto, possamos assegurar os direitos dos nossos pacientes e, neste caso em concreto, dos doentes oncológicos. Queremos que em Cabo Verde se crie o estatuto do doente oncológico. É uma necessidade. Queremos assegurar os direitos dos doentes oncológicos”, avançou.
A assinatura do memorando de entendimento entre o Hospital Universitário Agostinho Neto e o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto), segundo os responsáveis, marca um novo capítulo na luta contra o cancro em Cabo Verde e visa reduzir a mortalidade por cancro, melhorar a qualidade de vida dos doentes e fortalecer o sistema de saúde com profissionais altamente qualificados e tecnologias de ponta.
A iniciativa também reforça a ambição de posicionar Cabo Verde como uma referência regional em cuidados oncológicos.
A Semana com RFI
Terms & Conditions
Report
My comments