O Grupo Parlamentar do PAICV, através do deputado João do Carmo, denunciou hoje, em declaração política feita no parlamento, que desde 2016 tem-se testemunhado uma completa desordem nos setores de transportes aéreos e marítimos,resultando num verdadeiro caos que tem tido consequências desastrosas para a economia nacional e para os cidadãos que anseiam viver em liberdade.
Do Carmo disse que sobre o avião King Air, que custou aos cofres públicos 22 milhões de dólares, não tem registo militar porque em Cabo Verde não existe uma autoridade militar para emitir o referido registo. Explicou que o processo de certificação técnica foi feito nos Estados Unidos e acrescentou que o processo de certificação de operação, que tende ser feito pela AAC, não foi ainda feito porque não houve tempo para tal e o Governo realizou os voos sem certificação.
Para o deputado João do Carmo, os cabo-verdianos estão muito preocupados com as sucessivas tentativas deste Governo na criação de uma política para os transportes.“Infelizmente, tudo tem dado errado, a cada propaganda feita pelo governo: TACV Islandês, Bestfly de Angola, porto do Maio imobilizado por assoriamento e agora com a avaria no avião King Air 360 ER recentemente comprado. Sempre que Ulisses Correia e Silva faz propaganda política desmesurada, algo dá errado e com enormes prejuízos para Cabo Verde e seus cidadãos”, exemplificou.
Conforme disse , Ulisses Correia e Silva também prometeu aos cabo-verdianos um sistema de transportes aéreos regular, previsível, eficiente, seguro, de qualidade e a baixos custos.“Efetivamente, mais uma promessa que não passou de palavras, apenas palavras vãs, dadas mas nunca honradas”, enfatizou.
O deputado partido da estrela negra lembrou ainda que os TACV funcionam, neste momento, com contratos de leasing lesivos para o país, pois têm sido, sobretudo, feitos em situação de emergência. Acrescentou que há dois aviões avariados e não há certeza se os contratos celebrados permitam ter aviões em substituição.“Perguntamos ao Governo o real valor transferido aos TACV?”, questionou.
Ainda na sua declaração politica, João do Carmo criticou que o MpD conseguiu destruir a ideia de criação de uma empresa de manutenção altamente bem preparada e« hoje em dia infelizmente convivemos com avarias frequentes nos aviões que fazem a ligação inter-ilhas».
Revelou também os voos para os Estados Unidos não podem ser realizados porque não há aviões para tal e o processo para esta retoma ainda não foi concluído pela Agência da Aviação Civil (AAC), para depois negociar com a homóloga americana.
“Para o Brasil, idem, para além de indícios de dívidas com vários credores e de vários processos judiciais, devido a sucessivos atrasos de voos. Quem foi o último responsável dos TACV no Brasil?”, questionou novamente.
Do Carmo disse que sobre o avião King Air, que custou aos cofres públicos 22 milhões de dólares, não tem registo militar porque em Cabo Verde não existe uma autoridade militar para emitir o referido registo. Explicou que o processo de certificação técnica foi feito nos Estados Unidos e acrescentou que o processo de certificação de operação, que tende ser feito pela AAC, não foi ainda feito porque não houve tempo para tal e o Governo realizou os voos sem certificação.
Salientou que os dois pilotos, sendo um deles Diretor da Defesa Nacional, não tem certificados emitidos pela AAC para realizarem voos, na referida aeronave. Avançou que o voo de familiarização e treinamento foi realizado sem a presença da AAC, como manda a lei e as regulamentações nacional e internacional na área.
“O mais grave é que este voo foi feito sem a supervisão da entidade aeronáutica, com um paciente a bordo, pondo em causa a integridade física da tripulação, equipe médica, instrutor que veio dos EUA e do próprio paciente”, ressaltou.
João do Carmo concluiu que hoje, nove anos depois de 2016, mais de 60 por cento dos cabo-verdianos acham que o MpD não consegue governar o país.
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