quarta-feira, 05 fevereiro 2025

Federação Internacional de Jornalistas pede proteção de liberdades em Cabo Verde

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 A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou esta terça-feira  à Autoridade Reguladora para a Comunicação Social (ARC) de Cabo Verde para proteger direitos e liberdades, rejeitando uma queixa do partido no poder contra um jornalista.

 

“Nenhuma autoridade ou partido político deve interferir na escolha de convidados”, indicou, acrescentando que “os cidadãos têm todo o direito de participar no processo político e de oferecer opiniões divergentes nos debates políticos, pois esta é a verdadeira essência da democracia”. “A independência editorial dos jornalistas deve ser respeitada por todos”, disse Bellanger.

 

A FIJ apela à ARC de Cabo Verde que rejeite a queixa do Movimento pela Democracia [MpD] e garanta a liberdade de imprensa e de expressão”, lê-se em comunicado que contesta a queixa movida contra Carlos Santos, jornalista da Rádio de Cabo Verde (RCV).

O secretário-geral da organização internacional de jornalistas, Anthony Bellanger, afirmou que os jornalistas devem poder conduzir programas de interesse público, sem receios. 

“Nenhuma autoridade ou partido político deve interferir na escolha de convidados”, indicou, acrescentando que “os cidadãos têm todo o direito de participar no processo político e de oferecer opiniões divergentes nos debates políticos, pois esta é a verdadeira essência da democracia”

“A independência editorial dos jornalistas deve ser respeitada por todos”, disse Bellanger.

A FIJ junta-se à Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) “na defesa da independência editorial dos jornalistas e da liberdade de escolha no que respeita aos seus convidados e entrevistados”, lê-se no comunicado de hoje.

O MpD formalizou uma queixa junto da ARC contra a Rádio de Cabo Verde (RCV), na quinta-feira, por alegada falta de isenção e pluralismo face ao partido e ao Governo na escolha de convidados, condução do programa da manhã e, entre outros pormenores, face ao que o jornalista partilha no perfil pessoal no Facebook.

Diretor da RCV por duas vezes, desde 2006, Carlos Santos já presidiu também à AJOC e lançou, em 2017, o livro "O Megafone do Poder", sobre a evolução da comunicação social no país, questionando “fragilidades” das políticas públicas para o setor, por parte de “praticamente todos” os governos.

Por seu lado, a AJOC disse que a queixa “pode ser interpretada como uma tentativa de intimidação e condicionamento da liberdade de imprensa”, manifestou “total apoio” ao jornalista Carlos Santos e referiu que vai estar atenta a “qualquer tentativa de censura ou coação contra profissionais da comunicação social”.

Marco Fonseca, diretor da RCV, exprimiu também "total apoio e confiança" no jornalista.

Tanto a AJOC como a direção da RCV consideraram que a queixa não tem sustentação para avançar junto da ARC.

O secretário de Estado Adjunto para a Comunicação Social em Cabo Verde, Lourenço Lopes, afirmou, na sexta-feira, que as tensões são naturais em democracia, lembrando que a lei prevê que as organizações ou partidos políticos que se sintam prejudicados por uma peça jornalística possam recorrer às autoridades.

Para o governante, "nenhum jornalista em Cabo Verde pode dizer que tem interferência do Governo relativamente ao seu trabalho".

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Elisa Bettencourt
5 days 4 hours

uma jovem que não tinha necessidade de frete politico, mas pronto é essa a geração que só sabe andar de boleia de camelo

Lucas Rincon
7 days

Há muito tempo que os técnicos recomendaram "vestir" esses troços perigosos com redes metálicas.

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