A ilha Brava recebeu um investimento de 60 mil contos no sector da energia eléctrica que, segundo o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, resolve o problema de produção de energia eléctrica “no presente e no futuro”.

O chefe do Governo, fez estas afirmações esta sexta-feira, 07, durante a inauguração da reabilitação da central eléctrica de Favatal e, também, dos dois novos grupos geradores de 810 kilovoltampere (KVA).

Este investimento, assegurou o governante, permite dar respostas muito mais eficazes em termos de qualidade e segurança das pessoas em terem acesso à energia eléctrica, no comércio e na actividade produtiva, como está projectado para o futuro relativamente ao crescimento da ilha, que irá aumentar a necessidade do consumo e a capacidade instalada, permite dar resposta.

“No fundo, este investimento é para os próximos 20 ou 30 anos, no entanto, existem alguns trabalhos suplementares a serem feitos, nomeadamente, o fecho do anel para podermos garantir que não haja nenhum problema caso houver alguma interrupção de fornecimento da energia a partir da localidade de Furna até Nova Sintra”, realçou.

Informou que o objectivo é conseguir colocar a Brava com 100 por cento (%) da iluminação pública Led, sendo que isto reduzirá o custo e o consumo e é esta a experiência que foi implementada nas cidades da Praia e de Santa Maria, no Sal, ou seja trabalhar no sentido de colocar a ilha 100% renovável.

Segundo o primeiro-ministro, esta parte do investimento convencional faz a ponte de transição nas energias renováveis e depois ligar a água que é o que está em curso, ou seja, em fase de conclusão, tendo em conta que a dessalinização vai criar mais condições de água de qualidade, em quantidade, suportado por energias renováveis.

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Electra, Luís Teixeira, informou que os dois novos grupos geradores possuem 810 KVA cada e o município tem um ponto de 600 KVA, o que significa que apenas um gerador pode cobrir a ilha por completo e ainda ficam com reservas tendo em conta que os antigos continuam a trabalhar.

Entretanto, realçou ainda que agora a central apresenta melhores condições de trabalho, a nível da higiene, segurança e ruídos, entre outras melhorias implementadas para melhorar as condições de trabalho.

“Hoje já não temos problemas de segurança de produção e na questão de transição energética, esta ilha foi escolhida para ser 100% sustentável, mas para isso precisamos fazer uma transição segura e sustentável.

Explicou ainda, que estes novos grupos de geradores, são digitais o que irá permitir, no futuro, integrar a central no Centro Nacional de Despacho (Scada) e assim permitir a monitorização da produção e a distribuição à distância, remotamente, da cidade da Praia.

“Agora é trabalhar na rede de distribuição, uma vez que a actual rede, que leva a energia para a cidade não está em anel, mas o objectivo é trabalhar nesta pendência para que quando houver uma manutenção na rede poderemos cortar a energia de um lado e o outro lado do anel continuará a fornecer a energia normalmente. E no que diz respeito à iluminação pública queremos transformar a ilha em 100% Led”, frisou.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares considerou ser um momento de muita “felicidade” para todos os munícipes da Brava, sendo que a capacidade de produção de energia ultrapassa aquilo que realmente a ilha precisava.

Segundo a mesma fonte, este investimento traz a garantia para quem quiser investir neste município nas áreas em que o consumo da energia eléctrica seja fundamental e adiantou que o outro problema que fica resolvido é a bombagem de água que também consome muita energia eléctrica.

“Este projecto é estruturante para a ilha porque nos dá garantia e entra para o leque de não problema, o fornecimento da energia eléctrica à população da Brava a partir de agora”, finalizou.

A Semana com Inforpress