sexta-feira, 18 outubro 2024

Mais de seis anos depois do desaparecimento de Nina e Filu famílias continuam sem informações

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Mais de seis anos se passaram desde o desaparecimento na cidade da Praia, dos primos Clarisse Mendes “Nina” e Sandro Mendes “Filú”, os familiares continuam sem informações e autoridades declararam não ter nada a dizer sobre o caso.

 

Em 2018, por despacho do procurador geral da República, foi criada uma equipa conjunta, composta por elementos da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, coordenada por um procurador da República, para trabalhar exclusivamente nos casos de desaparecimento de pessoas, envolvendo uma adulta e quatro crianças.

No âmbito do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, celebrado este sábado, 25 de Maio, à Inforpress foi ouvir os familiares deste e de outros casos, que apesar de não quererem falar muito sobre o assunto, dizem-se desgastados com a situação e a falta de informações por parte das autoridades.

O desaparecimento das duas crianças aconteceu na tarde de um sábado, 03 de Fevereiro de 2018. Na altura, Sandro Mendes “Filú” tinha dez anos e Clarisse Mendes “Nina” estava a completar 12.

Saíram de casa, em Achada Limpa, na cidade da Praia, para comprar açúcar, a pedido da avó Marcelina Lopes, em Água Funda, e não regressaram.

A 28 de Agosto de 2017, Edine Soares, 19 anos, deixou a casa em Achada Grande Frente (Praia) alegando que ia levar o bebé para o controlo no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda, cidade da Praia. Mãe e filho nunca mais foram vistos.

A Inforpress tentou falar com a avó dos primos Nina e Filu, Marcelina Lopes, mas confessou que já estava farta de abordar este trauma na comunicação social, mas, mesmo assim, disse que já perdeu todas as esperanças de encontrar os netos com vida.

Entretanto, disse ainda que durante esses últimos anos não tiveram nenhuma informação por parte das autoridades.

Por outro lado, Carlos Alberto, que é pai do filho da Edine Soares, revelou que nunca mais obteve nenhuma resposta.

Edvânea Gonçalves faz parte da lista negra das pessoas desaparecidas em Cabo Verde. Tinha dez anos quando saiu para fazer um mandado, a pedido da mãe, junto de uma vizinha a pouco mais de 100 metros da sua residência, e não voltou.

A 13 de Julho de 2018, a Polícia Judiciária (PJ) dava ao país a triste notícia que as ossadas encontradas, em Janeiro, na localidade de Ponta Bicuda, Praia, pertenciam à criança de Eugénio Lima.

A 13 de Julho de 2021, o jovem Ismael Silva saiu de casa e o seu paradeiro ainda continua desconhecido.

Em 2018, por despacho do procurador geral da República, foi criada uma equipa conjunta, composta por elementos da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, coordenada por um procurador da República, para trabalhar exclusivamente nos casos de desaparecimento de pessoas, envolvendo uma adulta e quatro crianças.

Passados quatro anos, em 2022, o procurador-geral da República, Luís Tavares Landim, avançou que o processo de investigação das crianças desaparecidas passou a fazer parte ao Departamento Central da Investigação Criminal do Ministério Público, garantindo que a investigação não está parada.

Entretanto, a Inforpress entrou em contacto para falar com a Procuradoria Geral da República, mas informou que de momento não tem nada a dizer sobre os casos.

O Dia Internacional das Crianças Desaparecidas é assinalado em homenagem ao caso de Etan Patz, um menino de 6 anos que desapareceu nas ruas de Nova Iorque, enquanto voltava da escola, a 25 de Maio de 1979.

A efeméride tem ainda como objectivo alertar as pessoas sobre todas as questões relacionadas com o desaparecimento de crianças e adolescentes.

Nesta ocasião, várias instituições em prol dos direitos da criança, organizam actividades que visam mobilizar a população em geral na tentativa de solucionar os milhares de casos de jovens desaparecidos.

A Semana com Inforpress

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