O ministro israelita da Defesa advertiu esta sexta-feira, 22 de agosto, que a cidade de Gaza poderá ser destruída, a menos que o Hamas aceite os termos de Israel, enquanto o país se prepara para uma ofensiva ampliada na área.
Um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter dito que autorizaria as forças armadas a tomar a cidade de Gaza, o ministro da Defesa Israel Katz advertiu que a maior cidade do enclave poderá “transformar-se em Rafah e Beit Hanoun”, áreas reduzidas a escombros no início da guerra.
“As portas do inferno abrir-se-ão sobre as cabeças dos assassinos e violadores do Hamas em Gaza — até que concordem com as condições de Israel para acabar a guerra”, escreveu Katz numa publicação na rede social X.
O ministro reafirmou ainda as exigências de cessar-fogo impostas por Israel: libertação de todos os reféns e desarmamento completo do Hamas.
O Hamas disse que libertaria os reféns em troca do fim da guerra, mas rejeitou o desarmamento sem a criação de um Estado palestino.
Ataques israelita fizeram 37 mortos em Gaza nas últimas horas
Também esta sexta-feira, o exército israelita matou, pelo menos, 37 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria na cidade de Gaza, onde continuam os bombardeamentos e as demolições, de acordo com fontes médicas palestinianas.
Segundo as mesmas fontes, citadas pela agência de notícias espanhola EFE, pelo menos 19 pessoas foram mortas na cidade de Gaza, norte do enclave, durante a madrugada de hoje.
Doze dessas mortes ocorreram durante um ataque de artilharia contra ao edifício da escola Amr Ibn Al As e arredores.
Entre as vítimas na cidade de Gaza estava uma família, com três filhos, que foi morta quando a tenda em que se abrigava foi bombardeada.
Outras 12 pessoas foram mortas durante a noite em ataques que atingiram o campo de refugiados de Al Shati.
No Sul, em Khan Younis, cinco pessoas foram mortas no Hospital Nasser quando as forças israelitas dispararam contra civis que aguardavam a distribuição de ajuda humanitária.
Israel mantém o bombardeamento contra zonas do leste e do sul da cidade de Gaza, particularmente no bairro de Zeitun, causando vítimas civis.
A nova operação terrestre de Israel pode começar dentro de alguns dias.
Desde o dia 8 de agosto, mais de 50 estruturas residenciais foram atacadas na capital do enclave, provocando a morte de 87 palestinianos, segundo dados da Agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A Semana com Diário de Notícias/Lusa
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