sexta-feira, 14 março 2025

Carlos Santos já não tinha condições para continuar no Governo – líder do PAICV

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O líder do PAICV, Rui Semedo, disse hoje que o ministro do Turismo e Transporte, sendo arguido, já não tinha condições para permanecer no Governo, mas que Carlos Santos, enquanto cidadão, tem o direito de provar sua inocência.

 

O país entrou em crise no sector dos transportes, designadamente transportes aéreos e até ainda não temos soluções que poderiam ser mais estáveis e sustentáveis”, apontou Semedo, para quem a responsabilidade neste sector não é apenas do Carlos Santos, mas também deve ser partilhada pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças.

 

 

“Não é intenção do PAICV nem dos seus dirigentes sacrificar um cidadão na praça pública e temos consciência clara que caberá aos tribunais julgar os cidadãos e provar a sua culpa ou a sua inocência”, indicou o presidente do Partido Africana da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

Rui Semedo fez estas considerações ao ser instado pela Inforpress a pronunciar-se sobre a demissão do referido governante, que é arguido num eventual processo de lavagem de capitais.

Para o presidente do maior partido da oposição, analisando a saída de Carlos Santos do executivo, numa dimensão política, este já podia ter deixado o Governo “mais cedo”, por causa dos “problemas registados com o sector dos transportes, onde não conseguiu ter grandes resultados”.

O país entrou em crise no sector dos transportes, designadamente transportes aéreos e até ainda não temos soluções que poderiam ser mais estáveis e sustentáveis”, apontou Semedo, para quem a responsabilidade neste sector não é apenas do Carlos Santos, mas também deve ser partilhada pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças.

Lembrou que já tinha dito há muito tempo que “este Governo cairia sozinho por estar já esgotado, sem ideias e no fim de um ciclo”.

Não é por acaso que o próprio primeiro-ministro, ao que tudo indica, está com dificuldades em recauchutar este Governo com anúncio que fez sobre a remodelação e em relação à qual não há conversa”, frisou o líder da oposição.

Por sua vez, reagindo também à demissão do governante, o Presidente da República, José Maria Neves, escreveu na sua página oficial da rede social Facebook esperar que “tudo se esclareça a bem da verdade e do bom nome do cidadão Carlos Santos”.

Aguardemos com serenidade o andamento do processo em instância própria, sem precipitações ou julgamentos antecipados na praça pública”, indicou o Chefe de Estado.

Numa declaração à imprensa, a propósito do caso que o levou a demitir-se do cargo governamental, Carlos Santos explicou que, em 2014, o advogado Amadeu Oliveira, com quem teve uma relação de “amizade e confiança” desde os tempos da universidade, sabendo que tinha uma conta bancária em Portugal, pediu-lhe se poderia receber nesta conta bancária uma quantia de 25 mil euros, ou seja, cerca de 2.700 contos cabo-verdianos, de um cliente a quem ele teria prestado serviços de advocacia.

Disse que aceitou o pedido com base na relação de confiança e pelo facto de se tratar de um advogado.

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
15 hours 39 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
21 hours 20 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 21 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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