Cabo Verde vai formar 100 jovens de São Tomé e Príncipe e da Guiné-Bissau em cursos especializados na capital, reforçando a qualificação técnica nos países de origem, anunciou hoje o Governo.
Trata-se de "uma iniciativa de cooperação triangular" com apoio da cooperação luxemburguesa, explicou o diretor-geral de Emprego, Danilsom Borges, no lançamento da iniciativa.
Os jovens vão receber formação na Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), no Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI) e no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
"O Governo definiu como missão tornar os nossos centros como referências na África Ocidental. Este projeto é um teste ao modelo de internacionalização e de governança no domínio da formação profissional e desenvolvimento de competências técnicas e pedagógicas", acrescentou.
Os cursos abrangem áreas como hotelaria, turismo, energias renováveis, manutenção industrial e construção civil, identificadas como estratégicas para o desenvolvimento económico dos países participantes.
De acordo com o diretor-geral de Emprego, os critérios de seleção priorizaram o cumprimento de requisitos académicos, mas também valorizaram a situação social dos candidatos, beneficiando jovens de famílias mais vulneráveis.
A diretora da EHTCV, Aldina Delgado, destacou a importância do programa.
"Recebemos 46 jovens, 24 da Guiné-Bissau e 22 de São Tomé, para formação em áreas como cozinha, pastelaria e gestão hoteleira", apontou, indicando que também são desenvolvidas competências técnicas, pessoais e sociais, "fundamentais para a inserção no mercado de trabalho".
Todos os participantes receberam uma bolsa que inclui alojamento, alimentação e seguro de saúde.
A cooperação pretende alargar-se a outros países como Angola e Moçambique.
O embaixador de São Tomé e Príncipe em Cabo Verde, Aurélio Martins, elogiou a iniciativa: "É uma visão estratégica que reflete o poder da cooperação internacional e o compromisso com os jovens, capacitando-os para enfrentar os desafios".
Ibraima Sano, embaixador da Guiné-Bissau, disse que o programa surge "no momento certo" e os estudantes guineenses "estarão à altura".
Segundo Sano, a iniciativa também fortalece os laços culturais e institucionais entre os países participantes, abrindo novas perspetivas de colaboração e desenvolvimento sustentável para a região.
A Semana com Lusa
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