A conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (Forges) vai decorrer em Angola, em 2026, e na Guiné–Bissau, em 2027, anunciou hoje a presidente da organização em Macau.
Margarida Mano disse que a Universidade de Luanda vai acolher a reunião anual da Forges daqui a dois anos, com a conferência seguinte a cargo da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau.
A antiga ministra da Educação portuguesa recordou que em 2025 as instituições de ensino superior de língua portuguesa se vão reunir em Timor–Leste.
A 15.ª edição da conferência da Forges será uma organização conjunta da Universidade Nacional Timor Lorosa’e, a Universidade Católica Timorense São João Paulo II e a Universidade de Díli.
Durante a abertura da 14.ª conferência, Mano sublinhou as 170 inscrições de oito países e regiões de língua portuguesa, sendo que 80 pessoas viajaram até Macau para assistir a 116 comunicações distribuídas por 24 sessões ao longo de três dias.
A conferência conta com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Num tempo em que "a solidariedade internacional é testada", Mano destacou que a Forges decidiu este ano não cobrar qualquer taxa de inscrição às universidades e politécnicos do Rio Grande do Sul.
A conferência na região semiautónoma chinesa vai contar com 30 comunicações de nove instituições de ensino superior deste estado do extremo sul do Brasil, referiu a presidente da Forges.
O Rio Grande do Sul foi afetado por fortes tempestades em abril e maio, que provocaram pelo menos 182 mortes, deixaram milhares de pessoas desalojadas e afetaram pelo menos 2,3 milhões de habitantes em 478 cidades.
Mano sublinhou que esta é a terceira vez que a Universidade Politécnica de Macau (UPM) acolhe a conferência das instituições de ensino superior lusófonas, depois de 2012 e 2021.
Também na sessão de abertura, o reitor da UPM disse que a instituição quer reforçar ainda mais a colaboração com as universidades e politécnicos de língua portuguesa.
Marcus Im Sio Kei deu como exemplo o intercâmbio de estudantes e docentes, assim como o lançamento de programas de estudo e de laboratórios de investigação conjuntos.
Em junho, o reitor da Universidade de Coimbra disse à Lusa, numa visita a Macau, que a instituição portuguesa e a UPM lançaram um duplo doutoramento em tecnologias de informação.
O doutoramento nasceu no passado ano letivo e “está a começar a dar os primeiros resultados”, com 18 estudantes, “divididos entre portugueses e chineses”, disse Amílcar Falcão.
Em maio de 2023, a UPM anunciou um acordo para promover projetos conjuntos de investigação científica e tecnológica com a Forges, que conta com 78 instituições de ensino superior dos países de língua portuguesa.
A universidade sublinhou que o acordo pretende também apoiar a Aliança para o Ensino da Língua Portuguesa na Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
A Semana com Lusa
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