A Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca do envio de tropas para a Ucrânia, disse hoje o diretor da segurança nacional da Coreia do Sul.
“Foi estabelecido que equipamento antiaéreo e mísseis destinados a fortalecer o vulnerável sistema de defesa aérea de Pyongyang foram entregues à Coreia do Norte”, disse o principal conselheiro de segurança de Seul, Shin Won-sik.
Num programa da televisão sul-coreana SBS, Shin acrescentou que a Rússia também prestou assistência económica diversificada à Coreia do Norte.
A Coreia do Sul tem alertado para um aumento significativo da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, na sequência da assinatura de um acordo de parceria estratégica entre os dois países.
O acordo, que inclui uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque, foi assinado depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano Kim Jong-un, se terem encontrado em setembro no extremo leste da Rússia.
Seul calcula que Pyongyang já tenha enviado 11 mil soldados para a Rússia, dos quais cerca de três mil se encontram no oeste do país.
Na quarta-feira, os serviços secretos sul-coreanos confirmaram um aumento do envio de armas norte-coreanas para a Rússia para serem utilizadas na guerra contra a Ucrânia.
A informação foi dada pelo Serviço Nacional de Informações à Comissão de Informações da Assembleia Nacional, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Os serviços secretos precisaram que a Coreia do Norte enviou para a Rússia artilharia de longo alcance, incluindo obuses autopropulsados de 170 milímetros (mm) e lançadores múltiplos de foguetes de 240 mm.
A medida surge depois de militares norte-coreanos enviados para território russo terem começado a envolver-se em confrontos com tropas ucranianas, juntamente com as forças russas, segundo a Yonhap.
Kim Jong-un afirmou recentemente que os Estados Unidos e outros países ocidentais lançaram uma guerra contra a Rússia “utilizando a Ucrânia como tropas de choque”.
O líder norte-coreano alertou para o risco de uma terceira guerra mundial devido às ações de Washington em várias partes do mundo.
A Semana com Lusa
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