Os oficiais de justiça realizaram hoje, no Palácio da Justiça, na cidade da Praia, um protesto para expressar seus descontentamentos em relação às “precárias condições de trabalho” enfrentadas pela classe.
Em declarações à imprensa, a porta-voz dos oficiais, Gilda Lucas, esclareceu que, após várias tentativas de negociação "infrutíferas", a categoria decidiu recorrer ao protesto, devido à falta de respostas para os problemas enfrentados.
A mesma destacou que a Justiça está a passar por uma "carência enorme" de recursos humanos e materiais, entre elas o acesso ao transporte público, com muitos oficiais sendo “obrigados a pagar para trabalhar”.
A representante acrescentou ainda que a situação tem se tornado "cada vez mais caricata", com os profissionais sendo sobrecarregados e sem as condições mínimas para desempenharem suas funções de maneira adequada, o que prejudica tanto o andamento dos processos judiciais quanto a qualidade dos serviços prestados à população.
“O estresse tem causado diversos problemas dentro da classe. Temos colegas que estão a receber acompanhamento psicológico devido ao tratamento que alguns recebem no exercício da sua função”, disse a porta-voz, acrescentando que muitos se dirigem aos oficiais como se fossem "papai" ou "mamãe".
Diante deste cenário, os oficiais apelam por “pelo menos” revisão do estatuto da classe principalmente a questão da reforma que se encontra “engavetada” nos últimos quatro anos, com alguns oficiais a trabalhar por 40 anos.
A manifestação aconteceu no dia da abertura do ano judicial, como forma de chamar a atenção para uma situação que, segundo os profissionais, tem se tornado cada vez mais insustentável.
A Semana com Inforpress
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