"Embora a situação seja incrivelmente difícil, também é verdade que a Rússia está a ficar mais fraca. Esta guerra está a absorver 40% do seu orçamento. No mês passado, a Rússia sofreu o maior número de baixas diárias até agora", vincou.
Na quinta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou a presença de 10.000 militares norte-coreanos a caminho da Rússia para combater na Ucrânia e reforçar as posições russas.
Nesse dia a NATO não se pronunciou, mas a Coreia do Sul avançou durante a madrugada com a informação de que militares norte-coreanos estão a preparar-se para partir para território russo.
Hoje, os serviços secretos sul-coreanos adiantaram que as tropas norte-coreanas -- compostas por 12 mil soldados - destacadas para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia estão estacionadas em bases militares do extremo-oriente russo e deverão ser enviadas para combate após treino.
O nível de colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang -- reforçado durante a visita do Presidente russo, Vladimir Putin, em junho, tem sido motivo recorrente de suspeita nas capitais ocidentais, já que a Rússia é um dos poucos países do mundo que mantém relações com o regime secreto de Kim Jong-Un.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
A Semana com Lusa
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