quinta-feira, 21 novembro 2024

2024: O Ano da Conquista do Poder Local

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Cabo Verde: anúncio, abrenúncio, arrenegado, esconjurado, o filhado e perfilhado, em partido político cuja chefia, pelo mau agoiro de uns tantos idiotas serviçais e outros tantos buçais, na disputa do poder local, encontra-se em desigualdade com a sociedade civil, grupos de cidadãos organizados na concelhia de pertença no arquipélago em que o homem sonha, mas a obra é abortada pela submissão ao povo. Ao impor de forma terrível, cruel e humilhante, a necessidade e a escassez de subsistência propositada, delineada e planeada, e, por consequência, a fome. Daí a consciência e a dignidade do cabo-verdiano se transacionam por menos de um conto de reis.

 

Por Péricles Tavares

Em Cabo Verde, no segundo semestre do ano corrente, dois mil e vinte quatro (2024) da nossa era, uma vez mais, e para os anais da história política eleitoral, vai o povo todo cabresteado à confirmação do poder, através do voto que legitima o governo de mãos limpas, um democrático honesto em sentido inverso, numa relação antidemocrática com um governo cidadão. Este é um direito de cada cidadão na república livre, e se torna de todo urgente pôr um basta no comportamento imbecil reinante na esfera do poder político que, com mancha negra na compensação das políticas públicas aos cidadãos de toda classe etária da sociedade nacional cabo-verdiana, tais posições definidas se alcançam através da igualdade de direito e do fim da tirania do governante corrupto e nepotista.

É sempre oportuno afirmar e fazer saber ao cidadão eleitor o papel e o desempenho de mais partidos políticos acreditados a operar junto da sociedade. O estado, no quadro das exigências legais prescritas, onde antes o monopartidarismo era tido como o mais seguro para a governação num estado totalitário de responsabilização sem corrupção e onde a justiça opera sem olhar a quem. Já o bipartidarismo acarreta as irresponsabilidades, semeia o caos, promove a pobreza, a insegurança, a injustiça social, divide a nação e mata as esperanças, e o porvir às novas gerações. O multipartidarismo, ou pluripartidarismo, é um sistema partidário desejável de vinco constitucional, mas cercado pelo bipolaríssimo radical e de dualismo combativo cerrado.

A causa pela qual o pluripartidarismo não surte o efeito desejado, ou seja, a queda do bipolaríssimo que contrapõe o princípio da democracia e da democratização do estado de direito, porque são consumadas leis inconstitucionais que devem ser revogadas pelo supremo tribunal de justiça sob proposta dos deputados partidários falsários em nome do povo, que nunca souberam representar condignamente, e com a devida honra e serenidade. Falo na subvenção do estado, pessoa subsidiária aos partidos políticos com assento parlamentar, partidos reconhecidos (iguais), e que é um ato discriminatório na república de todos, um fechar de portas à democracia ainda a brotar em Cabo Verde.

É sabido que os partidos diferem pela ideologia e convicção. Em caso concreto, a apresentação da carta doutrinária plagiada, e assim partem em direção dos quatro ventos à procura de afiliados e adeptos, onde os comportamentos macabros são idênticos, ao enganar para a conquista do poder pelo voto, sendo o seu objetivo o alcance inspirador, e nem o estado escapa ao saque.

A quem cabe a sustentabilidade, as despesas dos dirigentes partidários que devem ser sempre satisfeitos pelos seus militantes, aderentes e simpatizantes, e jamais pelo cidadão eleitor, o contribuinte que garante o salário de escorja política. É legítimo matutar antes de admitir a adesão e o alistamento a um partido político sem conhecer o pensamento ideológico e a conduta de cada dirigente. Já o ditado dizia: “serás a semelhança daquele com quem andas”.

De igual modo, é de ter em atenção em tempo de campanha eleitoral, a escolha dos deputados eleitos pelo povo, conhecendo-os antecipadamente, e sabendo que deles sairá o governo sincero ou falacioso de acordo com o sistema eleitoral vigente.

Em Cabo Verde, os partidos participam em duas eleições distintas: as autárquicas e as legislativas. Na primeira, as sociedades civis organizadas em grupos de cidadãos participam para assumir o seu destino, através do futuro do seu município, sendo esta uma oportunidade de varrer em definitivo a intervenção e o manietar do munícipe, e o manter subjugado a um partido. Já somam trinta anos consecutivos de ingratidão e espera. A hora do BASTA chegou. É chegado o tempo da conciliação e da prosperidade do município para bem do munícipe, pois o poder local pertence aos naturais e residentes.

O multipartidarismo em democracia participativa e distributiva no estado constitucional de direito civil determina que os mandatos políticos sejam pertença do povo. O poder do povo deve voltar para o povo, com o mesmo no poder municipal local, sendo esta a real democracia, com a absoluta liberdade de formação e omissão de opinião sobre questões que aflige ao cidadão no seu quotidiano. Isto atinge também o eleitor na formação e na consciencialização das ideias e dos ideais de cidadania.

Não é de todo alheio para o eleitor esclarecido e atento perceber a importância do cidadão na tomada das decisões políticas no seu estado e no seu país, provocando as mudanças necessárias nas mais diversas formas tendo como opção, por exemplo, os partidos políticos como «Cavalos de Troia», com capacidade de interagir de forma direta e indireta para salvaguardar as ansiedades e interesses de pessoas e coletivas, e chumbar as decisões arbitrárias ou ilegítimas.

Enfim, os partidos políticos são um mal necessário em democracia à procura de sustentabilidade igualitária, onde ouvir e ser ouvido temporalmente pela representatividade e acessibilidade nos meandros políticos só é possível pelo voto de cada cidadão eleitor. É inaceitável o voto sectário, um privilégio dos ricos eleitos entre si, dando uma nova dimensão assimilável filosófica política que culmina com a determinação de formação de partidos políticos para forçar os governantes a governar de frente para o povo, e contrariar de forma categórica a oligarquia oriunda de políticos funcionários (Max Weber, mais a teoria de Robert Michels).

Pela lei de bronze, não será de todo estranho depararmo-nos com um índice estatístico tornado público, com o número de seres corruptos e desavergonhados vagos, transeuntes disfarçados de operário que de mendigo muito têm. Em crescimento, autênticos lambiscos engordurados no tacho público, que com o poder que têm, pela incompetência e fraca compreensão do entendimento ideológico, ocupam um encargo de elevado custo a saldar por todo o nacional cabo-verdiano. Com tal casta de políticos nada será exequível e assim se definha uma nação de jovens que para uma terra longe vão à procura de vida sadia.

No contesto acima exposto, a democracia e o direito de escolha de e para representar e ser representado por outrem, no bom e melhor sentido, com uma representação coletiva que em momento algum se depara com o capricho individualista. Os partidos são autênticos mediadores entre o estado e o povo no seu geral, podendo aprofundar a relação entre as partes, o estado e o cidadão, e onde a longevidade dos partidos políticos está na qualidade da democracia e numa relação constante e partilhada com a sociedade civil de sempre como um farol para as concelhias.

No sistema de votação democrática universal pelo voto secreto, a maioria vence e cabe a eles o destino de representar e de governar a todos, os cidadãos humanos, visíveis na república de todos, com todos os pressupostos que começam com a unidade, solidariedade e fraternidade a brotar nas concelhias, uma determinação à espera de melhores momentos, com uma resposta assertiva dos independentistas em Santa Catarina, Santiago, como exemplo, a decidir em tempo próximo e oportuno contingente a todos os concelhos do lindo Cabo Verde, Tera di nos tudu.

Atualmente, o objetivo político consiste, em primeiro plano, em agradar aos amigos, desagradar e combater os inimigos, enquanto o processo antagónico nas relações sociais e a corrupção na administração pública do estado república tem a devida observância no plano interno e no plano externo no regime governo estado tido como democratizado, segundo os mandamentos prescritos pelos sábios filósofos habilitados ao alto gabarito da Ciência Política, dominadores da Polis.

Para Cabo Verde, ao longo dos cinquenta anos da nossa vivência coletiva como o país da morabeza, da morna e coladeira, retrocedeu-se para o primitivo batuque e palmas compassadas sobre trapos entre as pernas de quem pratica, uma cultura de um povo temente a Deus, desvirtuado pela cultura originária obscurantista e escravocrata, vitalizada pelos sucessivos governos, e com maior ênfase e predominância na Ilha de santiago a norte, onde as letras têm desconhecimento da maior fração populacional.

A terra produz pouco, a desnutrição é visível no semblante das famílias, a subsistência escassa por causa da insensibilidade e profunda mediocridade de governantes irrealizáveis a governar de costas viradas para a realidade territorial e ambiental, que contraria as exigências e expetativas da nação sofrível.

Sobra uma alternativa, uma alternativa in loco, através da mudança de paradigma comportamental e de mentalidade que irá ao encontro das atuais exigências, de todas aquelas que satisfaçam as demandas do povo destas ilhas de Santa Catarina, Santiago, e que transborda necessariamente pela transferência descentralizada das políticas públicas exequíveis para as concelhias.

O Povo deve decidir por si próprio, para sua salvação, pela honra e dignidade, votar massivamente na candidatura INICIATIVA CIDADÃ, único e digno representante de todos e para todos nas próximas eleições autárquicas, sendo o primeiro solavanco irritante e desafiador para as eleições seguintes, as legislativas.

Basta de vãs promessas sem respostas, basta de truques e batotas partidárias. Que na hora seja dado um forte basta às comilanças do fisco.

 

Cidadela, Março de 2024,

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 3 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 1 hour

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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