quinta-feira, 19 setembro 2024

A ATUALIDADE

Mais de 50 líderes africanos participam no Fórum de Cooperação China-África

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

O Fórum para a Cooperação China-África arranca hoje, em Pequim, com a presença de vários líderes do continente africano, num encontro em que a China vai procurar diversificar o comércio bilateral.

Os encontros, realizados na segunda-feira entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e homólogos africanos, foram marcados pelas promessas chinesas de investimento no continente, antecipando uma nova edição do Fórum para a Cooperação, um mecanismo de diálogo entre China e África, iniciado em Pequim, em 2000.

Pelo menos 50 chefes de Estado e de governos africanos vão estar na capital chinesa, até sexta-feira, para participar no Fórum, indicou a diplomacia chinesa, sobre o encontro em que o lema é "dar as mãos para promover a modernização".

O fórum vai incluir uma cimeira empresarial, de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV, terminando o evento com dois documentos, uma “declaração” e um “plano de ação” para orientar a cooperação China-África nos próximos três anos.

Desde 2000, este fórum tem crescido em importância, tornando-se um evento prioritário que acolhe delegações de alto nível de todos os países africanos, com exceção de Esuatini (antiga Suazilândia), que mantém relações diplomáticas com Taiwan e não com a China.

A segunda maior economia do mundo tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 15 anos, com o volume de comércio a atingir um recorde de 282,1 mil milhões de dólares em 2023 (cerca de 256 mil milhões de euros). No primeiro semestre deste ano, o comércio bilateral atingiu 167,8 mil milhões de dólares (151,8 mil milhões de euros), de acordo com os meios de comunicação oficiais chineses.

No continente africano, os empréstimos substanciais de Pequim permitiram a construção de numerosos projetos de infraestruturas, como caminhos-de-ferro, portos e estradas.

Ao longo das duas últimas décadas, a China enviou centenas de milhares de trabalhadores e engenheiros para África para construir estes grandes projetos e obteve acesso privilegiado aos vastos recursos naturais africanos, nomeadamente cobre, ouro e lítio.

No entanto, algumas vozes têm também criticado a estratégia do gigante asiático no continente pelas chamadas “armadilhas da dívida”, face à alegada utilização estratégica da dívida para tornar os países africanos cativos dos desejos e exigências de Pequim.

O défice comercial de África com a China aumentou no ano passado para 64 mil milhões de dólares (cerca de 58 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao rápido crescimento das importações chinesas de África.

Os empréstimos concedidos pela China a países africanos no ano passado atingiram o nível mais elevado dos últimos cinco anos, de acordo com uma base de dados da Universidade de Boston (EUA). Os principais países mutuários foram Angola, Etiópia, Egito, Nigéria e Quénia.

Mas o montante dos empréstimos - 4,61 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) - está muito abaixo dos máximos atingidos em 2016, quando totalizaram quase 30 mil milhões de dólares (27 mil milhões de euros).

De acordo com analistas, o atual abrandamento económico na China está a levar Pequim a reduzir o investimento em África.

A cimeira desta semana tem também como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais.

Habituado a apresentar o gigante asiático como o principal rival, Washington adverte regularmente contra o que considera ser a influência nefasta de Pequim no continente.

Em 2022, a Casa Branca considerou que a China estava a tentar “promover os próprios interesses comerciais e geopolíticos [e] minar a transparência e a abertura”.

A Semana com  Lusa

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 11 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 6 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 8 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos