A estrada circular da ilha que liga os três municípios será reiniciada no quadro do Orçamento do Estado para 2025, disse segunda-feira, 18, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.
O governante, que efectuou uma visita de 24 horas à ilha para presidir à inauguração da loja dos Correios na localidade de Ponta Verde, zona norte do município de São Filipe, referiu a esta retoma da estrada circular, suspensa desde 2014, como um “grande investimento” para a ilha.
“O primeiro-ministro deu-me a incumbência para trabalhar no reinício da circular que liga os três municípios da ilha do Fogo no quadro do Orçamento do Estado para 2025 e estamos a trabalhar a toda velocidade para que isso aconteça”, disse Olavo Correia.
A mesma fonte salientou que está a trabalhar não apenas enquanto político, mas também como alguém que gosta da ilha e vai tudo fazer para que a circular do Fogo seja “uma prioridade” do próximo pacote do Banco Mundial.
Além disso, Olavo Correia considerou que é preciso olhar para a ilha do Fogo numa lógica “positiva e com confiança”, porque, explicou, tem um “potencial enorme” a nível do turismo, turismo ligado à cultura, agricultura e agroindústria, transformação industrial, economia azul, comércio e empreendedorismo, e com condições para continuar confiante no seu futuro “promissor e de sucesso”.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças declarou ainda que são precisos mais investimento para a ilha do Fogo nos mais variados domínios, nomeadamente na questão das acessibilidades terrestres, melhor conectividade marítima, aérea e digital.
Com relação a acessibilidade terrestre, Olavo Correia reconhece que se nota uma “mudança enorme” e as cidades e a ilha estão mais “aprazíveis e bonitas”, com centros urbanos requalificados e com melhores acessibilidades.
“Há um trabalho feito pelas instituições públicas e privadas que precisamos reconhecer, mas é necessário fazer mais e melhor e ter maior acessibilidade terrestre” disse.
Com relação à conectividade marítima, disse que o Governo está a trabalhar para melhorar a oferta marítima, assegurando que o importante é garantir as três ligações com segurança, mas que não chega.
Tendo em conta a demanda do mercado é preciso trabalhar para melhorar o nível dos transportes marítimos, mas também melhorar a conectividade aérea, estando o Governo a investir para que isso aconteça.
“Temos de ter voos diários e em quantidade necessária para dar respostas à demanda da ilha e há sinais claros nesta matéria”, indicou Olavo Correia, defendendo melhoria na conectividade em qualidade e segurança, assim como melhorar o acesso à energia e a redução da factura energética em todas as ilhas.
O vice-primeiro-ministro defendeu ainda a necessidade de se ter água mais barata para consumo humano e para agricultura, mas também um sistema de saneamento básico que possa funcionar para ter ilhas e municípios aprazíveis.
Outro aspecto considerado importante para o desenvolvimento da ilha, segundo Olavo Correia, é ter gente empreendedora e de um ecossistema que incentive os empresários a investirem no turismo, na agricultura, na pesca, economia digital, indústrias criativas e promover o verdadeiro desenvolvimento.
Para incentivar a investimentos, Olavo Correia anunciou que, em parceria com a Caixa Económica de Cabo Verde, está a trabalhar na criação de um banco digital, Banco JM, que se destina essencialmente a apoiar jovens e mulheres empreendedores de Cabo Verde.
A ideia da criação do Banco JM surgiu da constatação das dificuldades que ainda existem no acesso ao financiamento, nomeadamente “muita burocracia” no acesso a financiamento e devido à exigência de garantias que os que querem investir não conseguem dar.
Contando com a responsabilidade dos empresários jovens e mulheres, o Governo, em parceria com a Caixa Económica de Cabo Verde, está a trabalhar para montar um sistema para quem queira investir e empreender tenha os incentivos garantidos de forma “rápida e eficaz”, lançou o titular da pasta das Finanças.
“Esta nova ferramenta que será colocada à disposição de jovens e mulheres é uma ambição e o futuro de Cabo Verde”, finalizou.
A Semana com Inforpress
19 de março 2024
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