As autoridades que tomaram conta da ocorrência da piroga que deu à costa na zona do Calhau, no domingo, continuam com o patrulhamento da orla marítima, mas suspenderam as buscas no alto mar devido ao estado do tempo.
Segundo a comandante dos Serviços de Protecção Civil de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, Vitória Veríssimo, as autoridades nacionais vão continuar com patrulhamento da zona onde a embarcação artesanal deu à costa, isto porque as informações indicam que havia 65 pessoas a bordo da embarcação.
Os sobreviventes, agora em número de quatro, sendo dois do Mali e os outros dois do Senegal, devido à morte de um quinto na final da tarde de domingo, já no Hospital Baptista de Sousa, encontram-se “estáveis”, embora o estado de desidratação seja classificado de “severo”.
Ainda no domingo, 03, as autoridades retiraram cinco corpos da piroga, dois dos quais em avançado estado de decomposição e que foram a enterrar no mesmo dia.
O alerta para a descoberta da embarcação numa praia na costa de Viana, no Calhau, foi recebido pela polícia pelas 09:30 de domingo, 03.
Cabo Verde tem sido pontualmente destino de embarcações à deriva com pessoas que arriscam a vida em barcos precários, em alto mar, para chegar à Europa, em fuga da pobreza e da violência.
Três outros casos foram registados nos últimos 16 meses, em Novembro de 2022, uma embarcação com 66 imigrantes senegaleses deu à costa, na ilha do Sal, em Janeiro do ano passado, uma piroga chegou à ilha da Boa Vista com 90 migrantes africanos a bordo, dois deles mortos.
Em Julho, um barco que partiu do Senegal, com 101 pessoas, foi encontrado à deriva junto à ilha do Sal, em Agosto, com 38 sobreviventes.
A Semana com Inforpress
04 de março 2024
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