quarta-feira, 10 setembro 2025

A ATUALIDADE

Carlos Moedas afasta demissão para já. "Não há nenhum erro que possa ser imputado ao presidente da Câmara. Responsabilidade política é quando um político sabe e não atua"

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“Daqui ninguém sai. Ninguém se pode demitir disto” até que haja respostas, diz Moedas. Na primeira entrevista após o acidente no Elevador da Glória, atira aos rivais políticos pelo “aproveitamento” que estão a fazer deste caso e lembra que as decisões de externalizar a manutenção foram de um executivo socialista. Contudo, se se vier a provar que a atuação de Moedas acabou por ter impacto no acidente, a garantia é clara: "Demito-me na hora".

 

 

Nesta entrevista, a primeira deste o acidente, Moedas define que situações poderiam levá-lo a apresentar a sua demissão. “Agora se alguém provar que eu tomei alguma decisão que interferiu na empresa, que fez com que a empresa não gastasse o que devia na manutenção ou qualquer coisa deste tipo, eu demito-me na hora. Obviamente que me demito”, apontou.

 

 

O presidente da Câmara Municipal de Moedas, Carlos Moedas, afasta para já a sua própria demissão após o acidente no Elevador da Glória que levou à morte de 16 pessoas.

“Nesta tragedia não há nenhum erro que possa ser imputado a um erro do presidente da câmara”, afirmou em entrevista à SIC.

 
 

Ainda assim, disse Moedas, se houver algum dado que confirme o contrário, assumirá consequências: "Demito-me na hora".

“Responsabilidade política é quando um político sabe e não atua”, afirmou, lembrando que não chegou qualquer informação sobre problemas de segurança no Elevador da Glória.

Se alguém provar que há um erro político, demito-me obviamente”, repetiu.

Questionado sobre as possíveis demissões do presidente da Carris, que não aceitou, e do seu vice-presidente Filipe Anacoreta Correia, que tem responsabilidade direta sobre a Carris, Moedas reagiu assim: “Daqui ninguém sai. Ninguém se pode demitir disto”.

“Ninguém pode sair, ninguém pode fugir, temos de descobrir o que aconteceu, o que foi feito e o que podia ter sido feito”, repetiu. 

Sobre Pedro Bogas, a quem lembra a experiência no setor dos transportes, concretiza: “Então vou demitir alguém em que não tenho prova de que cometeu um erro? Isso é uma irresponsabilidade?”.

“Farei o que está ao meu alcance para ter uma resposta para essas famílias”

Nesta entrevista, a primeira deste o acidente, Moedas define que situações poderiam levá-lo a apresentar a sua demissão.

“Agora se alguém provar que eu tomei alguma decisão que interferiu na empresa, que fez com que a empresa não gastasse o que devia na manutenção ou qualquer coisa deste tipo, eu demito-me na hora. Obviamente que me demito”, apontou.

Moedas defendeu que só agora quebrou o silêncio porque “a prioridade” não era “falar para os políticos ou para os media”, antes “estar no terreno”.

“Farei o que está ao meu alcance para ter uma resposta para essas famílias. E essa resposta terá por um lado responsabilidade política”, disse.

O autarca aproveitou para reagir às primeiras conclusões, que confirmam que “não houve erro humano”, considerando que o guarda-freios André Marques foi um “herói”.

 

A entrevista à SIC surge depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter admitido que Carlos Moedas tem “responsabilidade política”. Ainda assim, o Presidente da República afastou a necessidade de uma demissão, dizendo que a “resposta é perante os eleitores”.

Moedas lamenta “aproveitamento político” de um PS “dissimulado”

Moedas lamentou que o acidente esteja a ser usado para “aproveitamento político”, apontado mesmo o dedo ao PS por ser “dissimulado”. O social-democrata considera que a rival socialista Alexandra Leitão tem pedido a sua demissão, não de viva-voz, mas através de outras figuras do partido, com uma intervenção que é “cínica e dissimulada”.

Confrontado com as declarações que fez sobre Fernando Medina, exigindo a demissão do ex-autarca aquando da polémica sobre a divulgação de dados de ativistas à Rússia, Moedas argumenta que são contextos diferentes. No caso de Medina foi “um erro sistemático” do gabinete do antecessor. “Não podemos comparar”, insistiu.

Já a propósito do caso do ex-ministro socialista Jorge Coelho, que se demitiu aquando da queda da ponte de Entre-os-Rios, Moedas também traça diferenças: “tinha recebido informações sobre problemas de manutenção naquela ponte”. Algo que, garante Moedas, não aconteceu consigo no que diz respeito ao Elevador da Glória.

 

Culpas para o passado?

Perante as muitas críticas à externalização da manutenção na Carris, Moedas realçou que foram sendo feitos reforços no investimento da transportadora tutelada pela autarquia. E atira responsabilidades para o passado.

“Quem externalizou todo este serviço, já vem de 2007 ou 2010. Portanto, há muitos anos. Em 2018, com o executivo anterior, houve um novo contrato que mudou de empresa. Esta tem o direito de falar ou não falar, mas obviamente tem de ser investigada para saber o que se passou”, justifica.

Moedas aproveitou o descarrilamento de 2018, que não causou vítimas, para alimentar esta narrativa, uma vez que não há “nenhum relatório desse acidente”.

Questionado sobre a crescente pressão turística em Lisboa nos equipamentos, Moedas justificou que “quando há um aumento da carga, há um aumento da manutenção”.

Contudo, admite assumir responsabilidades “se alguém provar que essa empresa diminui o nível de manutenção”.

Em relação aos outros funiculares, que se encontram parados após a tragédia, garantiu que assim continuarão “até termos a certeza do que aconteceu, em todos estes sistemas não vou deixar que aconteça outra vez”. Apesar da manutenção “séria” dos últimos anos, desta vez o controlo irá “até ao milímetro”, “à exaustão total”.

A Semana com CNN Portugal

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Semedo
16 hours 3 minutes

O sindicato grevista é extremista e quer resolver os assuntos à " "pancada" .o outro Sindicato é mais sensato Que culpa ...

Tera
2 days 21 hours

Leberdade e dereito de expresso Haha Haja consencia tudo isso e para benefícios proprio, Como saude e comprar casas na USA ...

mano
3 days 2 hours

Na uxem a propriedade privada para colar cartazes e escrever nas paredes...na faxas ixo

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