Cabo Verde recebeu esta quinta-feira da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), dois certificados que confirmam a inscrição de documentos sobre a escravatura no Registo Internacional da Memória do Mundo da organização.
Estes registos detalham informações sobre indivíduos escravizados e libertos, incluindo idade, sexo e origem, e foram submetidos à Unesco em novembro de 2023.
“Trata-se de um momento de orgulho para Cabo Verde e para a região, ao mesmo tempo que reforça o nosso compromisso em preservar a memória coletiva e transmitir às futuras gerações o valor universal dos nossos arquivos”, afirmou o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, na cerimónia de entrega oficial na cidade da Praia.
Os documentos incluem registos sobre a escravatura do Fundo Arquivístico da Secretaria-Geral do Governo (1842-1869) e o recenseamento dos escravos em Angola, Cabo Verde e Moçambique (1854), composto por 79 livros manuscritos, dos quais 11 pertencem a Cabo Verde.
Estes registos detalham informações sobre indivíduos escravizados e libertos, incluindo idade, sexo e origem, e foram submetidos à Unesco em novembro de 2023.
O diretor-geral adjunto da Unesco para a Comunicação e Informação, Tawfik Jelassi, que entregou os certificados, considerou que as coletâneas inscritas por Cabo Verde “não são apenas documentos, mas testemunhos silenciosos de milhões de homens e mulheres que foram reduzidos à escravatura”.
Além disso, considerou que estes documentos “são registos importantes” para a História e “representam atos de reparação” sobre o que aconteceu durante séculos em África.
A Semana com Observador/Lusa
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