sábado, 13 setembro 2025

A ATUALIDADE

Exportações de açúcar renderam menos 70% a Moçambique em três meses

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O açúcar exportado por Moçambique no primeiro trimestre rendeu apenas três milhões de dólares (2,7 milhões de euros), uma queda de 70,7% face ao mesmo período de 2023, indicam dados do banco central compilados hoje pela Lusa.

De acordo com um relatório do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos nos primeiros três meses do ano, a queda registada nas receitas com a exportação de açúcar moçambicano “deveu-se a redução no volume exportado, associada a fraca disponibilidade da cana-de-açúcar”.

“Devido às cheias e inundações registadas no início do ano”, lê-se no documento.

No primeiro trimestre de 2023 as exportações de açúcar renderam 10,3 milhões de dólares (9,4 milhões de euros) a Moçambique.

A Lusa noticiou esta semana que a produção de açúcar na Açucareira de Mafambisse, na província de Sofala e uma das principais de Moçambique, está em queda, devido aos efeitos combinados das intempéries e das alterações climáticas, segundo a administração.

“Estamos a registar baixas na nossa produção de açúcar devido a algumas dificuldades provocadas pelas intempéries registadas nos últimos anos no país”, disse na quinta-feira, aos jornalistas, o diretor da Tongaat Hulett, grupo que detém a Açucareira de Mafambisse, Pascoal Macule.

O responsável avançou que, das 75 mil toneladas produzidas anualmente pela firma, esta caiu para 40 mil nos últimos dois anos, criando avultados prejuízos à fábrica.

Um outro fator que influenciou na forte quebra de produção foi a perda de cerca de 8.000 hectares de cana sacarina, matéria-prima para a produção de açúcar, devido aos efeitos das alterações climáticas: “Isto em Nhamatanda, devido à seca nos nossos campos e ao fenómeno El Niño.”

Localizada no posto administrativo de Mafambisse, no distrito do Dondo, em Sofala, a açucareira tem capacidade instalada para produzir 92 mil toneladas de açúcar por ano.

A Tongaat Hulett anunciou recentemente uma injeção de 500 milhões de rands (25 milhões de euros) nas açucareiras Mafambisse e Xinavane, ambas em Moçambique e nas quais o grupo sul-africano é acionista maioritário.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

A província de Sofala, no centro do território, tem sido das mais fustigadas pelas tempestades.

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.

A Semana com Lusa 

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Semedo
3 days 22 hours

O sindicato grevista é extremista e quer resolver os assuntos à " "pancada" .o outro Sindicato é mais sensato Que culpa ...

Tera
6 days 3 hours

Leberdade e dereito de expresso Haha Haja consencia tudo isso e para benefícios proprio, Como saude e comprar casas na USA ...

mano
6 days 8 hours

Na uxem a propriedade privada para colar cartazes e escrever nas paredes...na faxas ixo

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