O Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Afins (Siacsa), em representação aos funcionários da Câmara Municipal da Praia, anunciou hoje que vai levar a edilidade ao tribunal pela não regularização salarial dos funcionários.
O presidente do Siacsa, Gilberto Lima, falava aos jornalistas durante a greve iniciada esta segunda-feira pelos trabalhadores, com a duração de dois dias.
Em causa está a não implementação do novo Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) que, segundo Gilberto Lima, todas as câmaras municipais já enviaram a lista transitória para a implementação do PCFR e a maioria já efectuou o aumento salarial de 2024.
“No entanto a autarquia recebeu o dinheiro para o efeito, mas até agora não deu qualquer satisfação aos trabalhadores e a câmara municipal tem descontado valores elevados nos salários dos trabalhadores", declarou o presidente do Siacsa.
Para além disso, apontou Gilberto Lima que os funcionários vêm-se queixando das más condições dos serviços disponibilizados para a realização dos trabalhos, nomeadamente, na falta de equipamentos e matérias de protecção.
Segundo o trabalhador da área de saneamento, Albertino Fonseca, trata-se de uma falta de “respeito e é desumano” esta situação.
“É desumano não ter equipamentos para trabalhar e com um vencimento baixo, levando em conta o aumento salarial atribuído pelo Governo desde Janeiro e já implementado pelas outras câmaras municipais, a Câmara Municipal da Praia vem alegando que não tem qualquer satisfação a dar sobre isso, pensamos que é falta de respeito toda esta situação”, lamentou Albertino Fonseca.
Deu exemplo que o valor base do pessoal que trabalha no cemitério é de 15 mil escudos e quando fazem hora chega a 20 mil escudos.
Em reacção à greve o edil, Francisco Carvalho, disse na página da autarquia que “estranha” a convocação da greve, mas que, no entanto, a câmara municipal “assume que está em atraso" com a publicação da lista de transição para o PCFR a contar de 30 Junho que marca o fim do prazo estipulado pelo Governo.
Anunciou também que estão a chegar equipamentos de protecção individual para o pessoal de recolha de lixo e de varrição que devem chegar daqui a 45 dias.
A greve inclui pessoal da área do saneamento, cemitério, guardas, logística, aterro sanitário, Serviço Público de Abastecimento do Município da Praia (Sepamp), fiscais e pessoal dos espaços verdes, em reivindicação a um conjunto de situações que vem prejudicando esses funcionários.
A Semana com Inforpress
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